"Grande sertão: veredas" - linguagem do paradoxo e do não-saber
Abstract
Pode a escrita literária ser elaborada ao ponto de se apresentar como a própria imagem do infinito? E, se isso for possível, pode a experiência de leitura ser trabalhada não como o um exercício de decifração, que tende a se limitar à apresentação de um sentido acabado, mas, verdadeiramente, a leitura como experiência de travessia, que caminha para a abertura do sentido? Neste artigo, analisaremos alguns elementos temáticos e estruturais da obra-prima Grande Sertão: Veredas; nos concentraremos sobretudo no trabalho que o escritor João Guimarães Rosa faz com a linguagem do paradoxo. Nossa proposta é sugerir que o elemento de modernidade da referida obra deve-se à exigência que este texto de Rosa faz de uma certa disponibilidade para a experiência da travessia, pelos caminhos incertos do não-saber, para as possibilidades criativas que se desdobram quando o sentido é colocado em abertura.
Palavras-chave: Grande Sertão: Veredas; João Guimarães Rosa; linguagem; paradoxo; não-saber.
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