O silêncio de Rimbaud

Autor/innen

  • Maurício Gutierrez UFRJ

Abstract

Façamos da distração parte do método e deixemos que uma leitura despreocupada -- o folhear, a olhadela -- traga à luz uma frase propriamente anônima: O Silêncio data de 1873. Destituída de sua negação, além de estropiada em seu sentido e contexto1, a frase cumprimenta-nos com uma verdade insólita. Ora, Rimbaud, é claro, não inventou o silêncio, o Silêncio com letra maiúscula, todo e qualquer silêncio. Ele inclusive não silenciou completamente, mas somente retirou-se de uma dinâmica de produção artística e poética; só calou sua voz, e mesmo somente uma parcela desta, precisamente aquela a que conferimos sempre a maior importância.

Literaturhinweise

AGAMBEN, Giorgio. Bartleby ou la création. Traduit de l'italien par Carole Walter. Circé, 1995.

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BLANCHOT, Maurice. O livro por vir. Trad. por Leyla Perroné Moyses. São paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda, 2005.

FRIEDRICH, Hugo. Structure de la poésie moderne. Traduit de l'allemand par Michel-François Demet. Paris: Librairie Générale Française, 1999.

PERLOFF, Marjorie. The poetics of indeterminacy: Rimbaud to Cage. Illinois, Northwestern University Press, 1999.

Veröffentlicht

2008-09-01

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Artigos