Memorial de Aires: Anotações sobre ficção e memória
Resumen
Derradeiro Romance de Machado de Assis, o Memorial de Aires, publicado em 1908, é um romance constrúido sob a forma de diário do conselheiro Aires, personagem já conhecido do livro que o precedeu, Esaú e Jacó, de 1904. Ambientada em um certo Rio de Janeiro entre 1888 e 1889, a narrativa, em primeira pessoa, reconstrói e se alimenta da atmosfera da cidade no momento histório da passagem do sistema monárquico à república. É marcada por um ritmo lento, e um enredo aparentemente simplório que gira em torno da aposta do conselheiro Aires com sua mana Rita acerca da fidelidade da viúva Fidélia ao marido morto, quando aqueles a encontram no cemitério. Esse plano de ações acima resumido, e regido pela causalidade não é, de forma alguma o foco da narrativa. De fato, trata-se de um mero pretexto para a exploração da própria narrativa enquanto forma e tema, como vermos adiante.Citas
ASSIS, Machado de. Memorial de Aires. São Paulo: Globo, 1997.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Ambivalência. Trad. Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999
GLEDSON, John. Machado de Assis: ficção e história. 2ª ed. rev. São Paulo: Paz e Terra.
Publicado
2009-06-30
Número
Sección
Artigos
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