O território da montanha: interpretações sobre A montanha mágica
Abstract
O enfoque da Geografia Humanística considera que novas possibilidades para os estudos geográficos são obtidas quando estes recorrem à Literatura. Em decorrência, a presente proposta acredita que a análise de “A montanha mágica”, de Thomas Mann, desvela relevantes perspectivas sobre a relação homem/ambiente na cidade de Davos, Suíça, nas décadas de vinte e trinta. Em adição, propõe que o sanatório Berghof, conforme descrito na obra, seria um território, tecendo considerações sobre a vivência no sanatório ficcional que diriam respeito também à maneira que se percebe os sanatórios e clínicas no universo fático. Ditas análises se realizam visando a compreensão da importância da presença de sanatórios para a cidade de Davos, consequentemente auxiliando no entendimento da influência que as falências destes trazem para a região. Assim sendo, possibilita novas maneiras de compreender como o indivíduo se relaciona e é influenciado por hospitais e sanatórios. Para tanto, o artigo disserta sobre o histórico do uso da Literatura dentro da Geografia, em seguida, apresenta o autor e a obra literária com a qual trabalhará e, finalmente, expõe as considerações e resultados obtidos. Se utiliza o método de pesquisa bibliográfica, recorrendo a conceitos de Yi Fu Tuan, Marc Brosseau e demais teóricos que consideram relevante o estudo da subjetividade humana e de suas produções culturais para melhor entender a experiência geográfica.
Palavras-chaves: Geografia Humanística; Literatura; Território.
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