O mito de Lilith em "Quadrilha", de Carlos Drummond de Andrade
Abstract
Certas personagens são marcantes na poesia de Carlos Drummond de Andrade, e, no caso das observadas neste trabalho, a figura feminina se destaca como sinal de potência própria e destruição do outro. Partindo da semelhança gráfica entre Lili e Litith e estendendo a análise para as consequências em Joaquim, o trabalho analisa o mito de Lilith em “Quadrilha” com base na leitura dramática proposta por João Cabral de Melo Neto, que, além de promover direta intertextualidade com os versos drummondianos, estabelece ele mesmo uma leitura crítica do famoso poema em seu Os três mal-amados (1943). Para a constituição deste estudo, além das peças já citadas, ponto de partida de nosso exame, voltamo-nos às obras de Roberto Sicuteri e Barbara Black Koltuv, a fim de entendermos mais adequadamente a figura da entidade feminina; autores críticos como Othon Moacyr Garcia, Gilberto Mendonça Teles e Affonso Romano de Sant'Anna, por exemplo, foram trazidos a lume para o auxílio no entendimento dos processos poéticos de Drummond. Com isso, procuramos observar como C.D.A. elabora em sua poética um mito caro ao imaginário coletivo ao ser aproximado de João Cabral, autor sem o qual não seria possível promover tal reflexão.
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