Ler uma vida apaixonante é ler pela primeira vez a paixão: um olhar, uma trajetória - Lúcio Cardoso
Abstrakt
O presente trabalho tem como objetivo analisar a recepção crítica do primeiro romance de Lúcio Cardoso, intitulado Maleita, lançado em 1934, à luz da teoria da leitura. Para realizar tal movimento, optou-se por utilizar como referência a leitura da Poética aristotélica feita por Paul Ricoeur, em Tempo e narrativa, sobretudo no que diz respeito à tessitura de um texto com relação ao círculo hermenêutico composto por autor, obra e leitor. Além disso, utilizou-se como base alguns fundamentos presentes na obra O rumor da língua, de Roland Barthes para situar a condição efêmera - porém singular - de uma leitura. Pensou-se, ainda, em algumas proposições elaboradas por Umberto Eco, em Lector in fabula para se pensar nos procedimentos que corroboram à dinamicidade das contingentes leituras no âmbito de um cenário de recepção crítica literária das últimas décadas, além de outros nomes referenciais no tocante a estudos linguístico-literários.
Palavras-chave: Leitor; Leitura; Lúcio Cardoso; Crítica literária; Historiografia literária.
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