Como navegar o caósmos / Um olhar esquizo sobre a percepção, a linguagem e o pensamento na esquizofrenia

How to navigate the Chaosmos | A schizo perspective on perception, language and thought in schizophrenia.

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.60001/ricla.v33.n1.3

Abstract

Neste artigo apresentamos a esquizofrenia não como patologia, como postulado pelas ciências da mente, mas como um modo de pen-ser artístico que permeia a sociedade e a cultura. Para isso, analisamos como a pessoa esquizofrênica percebe, pensa e produz linguagem, bem  como suas sensibilidade e formas de criar conhecimento se manifestam na arte e na filosofia na contemporaneidade, instaurando um tipo de humor (stimmung) esquizofrênico. Partimos do pressuposto de que o esquizo possui sensibilidade estética e corpo artista, pois, ao se empenhar na manutenção de sua vida, ele põe em xeque as estruturas e categorias estabelecidas e cria novas formas de estar no mundo e com ele se relacionar – formas intimamente ligadas aos modos de fazer artístico, ou seja, o esquizo cria o fora com sua linguagem poética e torna partilhável seu encontro fundamental com o mundo. Nos apoiamos em bibliografia plural, em que as contribuições de Guattari, Deleuze e dos pensadores que se seguiram exercem protagonismo.

Palavras-chave: Esquizofrenia. Estética. Arte. Filosofia.

Abstract
This article presents schizophrenia not as pathology, as postulated by the sciences of mind, but as an artistic way of pen-ser that permeates society and culture. We analyze how schizophrenic people perceive, think and produce language and how their sensitivity and ways of creating knowledge manifest themselves in contemporary art and philosophy, configuring a kind of schizophrenic stimmung. We assume that the schizo has an aesthetic sensitivity and an artistic body because as she/he maintains her/his life, she/he questions structures and conditional categories while creating new ways of being in the world and relating to it – forms that are intimately linked to ways of artistic making, that is, the schizo creates the outside with her/his poetic language and makes her/his fundamental encounter with the world shareable. We rely on a
plural bibliography, in which the contributions of Guattari, Deleuze and the thinkers that followed play a leading role.

Keywords: Schizophrenia. Aesthetics. Art. Philosophy.

Veröffentlicht

2024-05-31

Ausgabe

Rubrik

Dossiê Interfaces