copacabana, “O Novo Rio”: os sons do balneário longíquo (1905-1922)
Palabras clave:
Paisagem sonora urbana, Memória sonora, História cultural de CopacabanaResumen
Este ensaio é parte da tese de doutorado em urbanismo – “Paisagens sonoras e identidades urbanas – Os sons nas crônicas cariocas e as transformações do bairro de Copacabana (1905-1968), orientada pela Professora Margareth da Silva Pereira (UFRJ/FAU/PROURB) que trata da importância dos sons na formação e identificação dos espaços urbanos e faz uma primeira investida na construção de uma memória sonora urbana a partir dos documentos literários (crônicas), uma vez que os sons do passado, raramente, foram registrados de outra forma. Adota como estudo de caso o bairro de Copacabana que emblematizou a Cidade do Rio de Janeiro e foi objeto de centenas de crônicas. Neste artigo, destaca-se apenas o primeiro período de estudo (1905-1922) e observam-se em especial os textos de Lima Barreto, Paulo Barreto e Álvaro Moreyra, além dos cronistas que participaram do jornal do bairro “Copacabana, o Novo Rio”. Verifica-se, ao longo dos relatos sonoros, o início da transição de uma Copacabana suburbana, remota, espaço de pescadores, para o bairro litorâneo mais notório da Cidade.Citas
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