SOBRE UMA TRADUÇÃO E O TEXTO TRADUZIDO
DOI:
https://doi.org/10.55702/medievalis.v11i1.53226Palavras-chave:
Tradução, Língua Latina (séc. I a.C.-IV d.C.), Textos latinos não canônicos, Paratexto.Resumo
Como falar de texto manuscrito se este é o título? É um caminho a ser percorrido. Ao ler a tradução de um texto latino, desperta-nos a curiosidade de saber como ele estava escrito. Começo difícil porque poucos textos puderam ser lidos no original. Isto, entretanto, não é restrito aos textos da latinidade. Ao estudar o discurso de textos latinos não canônicos, na busca de confirmar a oposição entre discurso do mundo narrado e discurso do mundo comentado (WEINRICH, 1968 [1964], p. 61-94), a escolha recaíu em dois textos, o Itinerarium Egeriae e o De re coquinaria de G.Apicius, ambos conhecidos em cópias do séc. IX de textos latinos datados do séc. IV d. C. (o primeiro) e do séc. I a.C. (o segundo), documentando a língua do século IV e V d.C., acrescentado de um excerto datado do século VI (TELLES, 2014). Agustín Arce (1996) fez a edição crítica do Itinerarium Egeriae, evidentemente, a partir do único documento existente (um manuscrito apógrafo), em letra “da escola lombardo-cassinense”, também chamada beneventana. Jacques André editou o De re coquinaria com base em dois manuscritos em letra carolíngia, datados também do séc. IX, o Codex Vaticanus (V) e o Codex (E) da New York Academy of Medecine. Outro códice, o Parisinus latinus (P), acha-se escrito em letra semi uncial (ASFORA, 2008). A partir das edições de Arce (ITINERARIO..., 1996 [381-384]) e de André (APICIUS, 2002 [séc. I a.C.]) tentar-se-á mostrar as principais características das scriptae dos códices do Itinerarium Egeriae e do De re coquinaria.Referências
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