A dualidade de Santo Antão e as interpretações do imaginário social francês nas baladas de Eustache Deschamps (1365-1400)
DOI:
https://doi.org/10.55702/medievalis.v12i1.59360Palabras clave:
Santo Antão, Representação, Imaginário.Resumen
A partir de 1345, as diferentes comunidades europeias foram atingidas por um endêmico surto de Peste Negra, o qual teria dizimado cerca de um terço da população do continente. Estes surtos permaneceram ciclicamente por aproximadamente 189 anos, atingindo de maneira intensa a região da atual França. As condições resultantes para a sociedade não só afetaram as condições socioeconômicas, mas também, floresceu as sensibilidades dos homens. Sob este prisma, a historiografia aponta o intensificar das crenças nos santos, visto os desequilíbrios causados pelas guerras, doenças, e pela própria construção do apocalipse nos imaginários medievais. Diante disso, analisaremos as baladas de Eustache Deschamps, objetivando compreender as relações do mundo simbólico e as representações duais de Santo Antônio do Abade, também conhecido como Santo Antão, uma vez que nos textos selecionados produzidos por Deschamps percebemos a associação desta divindade com o fogo, sendo frequentemente relacionado à punição e a cura dos homens.
Citas
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