O ESTUDO DOS CONECTIVOS EM PORTUGUÊS: DIACRONIA E EVOLUÇÃO LINGUÍSTICA
DOI :
https://doi.org/10.55702/medievalis.v11i2.53038Mots-clés :
conectivos, diacronia, texto, latim, língua portuguesaRésumé
O estudo das conjunções apresenta um vasto campo de análises do ponto de vista evolutivo da língua portuguesa. Desde o latim, muitas conjunções deixaram de existir no português moderno, outras sofreram alterações e algumas são resultado da evolução de advérbios que assumiram a função de conectivos, reforçando ainda mais os critérios de mudança linguística. Por uma perspectiva funcionalista, é possível reconhecer que a análise de elementos linguísticos deve levar em consideração que suas funcionalidades emergem do discurso a partir de necessidades pragmático-discursivas e não apenas por princípios formais. Os pressupostos do Funcionalismo revelam que a gramática deve ser vista como uma estrutura maleável e a gramaticalização é um elemento teórico que ratifica isso. Forma e função são elementos que precisam ser analisados em consonância e não de forma isolada, já que revelam uma análise funcional sem desconsiderar o sistema da língua. Diversos conectivos possuem, em sua etimologia, características muito interessantes que ajudam a entender melhor não só os aspectos diacrônicos, mas também os usos sincrônicos desses elementos gramaticais. Por conta dessas e de outras propriedades, o estudo sobre os conectivos, neste presente trabalho, visa analisar os fenômenos evolutivos, partindo de uma avaliação pancrônica (porque ocorre tanto diacrônica como sincronicamente), para evidenciar como esses itens gramaticais passaram/passam a funcionar no português contemporâneo como elementos de ligação no discurso e com valores semânticos importantes na produção de sentido. Escolhemos, em um universo com diversas aplicabilidades discursivas, o estudo dos conectivos que compõem o eixo causativo-consecutivo.
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