“Parecendo que somos dois mundos, quando afinal somos um só”: contos de Ana de Castro Osório n’O tico-tico
DOI:
https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2018.v15n2a18654Palavras-chave:
Ana de Castro Osório, imprensa periódica, literatura infantil, contos populares, travesti.Resumo
A partir da discussão das relações da escritora feminista portuguesa Ana de Castro Osório (1872-1935) com o Brasil para publicação e divulgação de suas produções, apresenta-se sua participação na revista brasileira dedicada ao público infantil O Tico-Tico (1905-1961) e seu Almanaque d’O Tico-Tico. Relatam-se os problemas relacionados com a autoria de seus textos nessa publicação. Comenta-se sobre a transposição de seus contos dos livros portugueses para o periódico e as ilustrações que os acompanham. A partir da leitura desse conjunto publicado na revista e no almanaque, destaca-se o processo de travestismo adotado por algumas personagens dos contos infantis.
Referências
O Tico-Tico: Jornal das crianças (RJ) - 1905 a 1961. Disponível em: < http://bndigital.bn.br/acervo-digital/tico-tico/153079 >
Almanaque do Tico-Tico (RJ) - 1911 a 1958. Disponível em: < http://bndigital.bn.br/acervo-digital/almanaque-tico-tico/059730 >
ANTUNES, Luísa. Em busca da voz do “travesti” feminino no conto tradicional popular. E.L.O. n. 3, Lisboa: 1997.
BEJAMIN, Walter. “Livros infantis antigos e esquecidos”. in: ____. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. trad. Sérgio Paulo Rouanet. 7a. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
CHARTIER, Roger. O Mundo como representação. Estudos Avançados 11(5), São Paulo: 1991.
CRUZ, Eduardo da. Maria José da Silva Canuto: 1812-1890 / estudo, antologia e bibliografia Eduardo da Cruz. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal: CLEPUL: CICS.NOVA, 2018.
ESTEVES, João. Ana de Castro Osório (1872-1935). Lisboa: CIG, 2014.
FARIA, Rui Miguel Ventura do Couto Tavares de. O conto popular português. Dissertação de doutoramento em Literatura Portuguesa. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2009.
GOMES, Angela Maria de Castro. “Aventuras e desventuras de uma autora e editora portuguesa: Ana de Castro Osório e suas viagens ao Brasil”. in:GOMES, Angela Maria de Castro; HANSEN, Patricia Santos (org.). Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
KNAUSS, Paulo. “Introdução” in: KNAUSS, P. et al. (orgs.). Revistas ilustradas: modos de ler e ver no Segundo Reinado. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2011.
LAJOLO, Marisa. O Prêmio Andersen e Ana Maria Machado. Matraga: estudos linguísticos e literários. Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ. Rio de Janeiro, n. 13, 1.º sem., 2000a.
_____. Correspondência de Anna de Castro Osório e Monteiro Lobato. Convergência Lusíada. Rio de Janeiro, v. 17, p. 305-311, 2000b.
LANG, Andrew. The Blue Fairy Book. New York: Dover, 1965.
LEANDRO, Sandra. “Raquel Roque Gameiro Ottolini” [verbete]. in: CASTRO, Zília Osório e ESTEVES, João (Dir.). Dicionário no Feminino (séculos XIX-XX). Lisboa; Livros Horizonte, 2005.
MERLO, Maria Cristina; CAGNIN, Antônio Luiz. O Tico-Tico (HQ): um marco nas histórias em quadrinhos no Brasil (1905-1962). 2003. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2003.
OLIVEIRA, Paulino de. Contos e fábulas em verso. 16ª série da publicação Para as Crianças. Setúbal: Livraria editora “Para as crianças”, 1908.
OSÓRIO, Ana de Castro. A princeza muda. Il. de Leal da Câmara. Lisboa: Casa Editora “Para as crianças”, 1921.
_____. Contos de Grimm e de outros autores traduzidos por Ana de Castro Osório. Lisboa: Casa do livro editora, 1941.
_____. Contos, fábulas, facécias e exemplos da tradição popular portuguesa. Recolhidos e narrados por Ana de Castro Osório. Edição de Ana Silva, Mafalda Soares, Sara Figueira. Coordenação de Ângela Correia. Lisboa: Bibliotrônica portuguesa, 2008. Disponível em: < https://bibliotronicaportuguesa.pt/wp-content/uploads/2015/03/Ana_Castro_Osorio_Contos_Fabulas_Facecias_Exemplos_da_Tradicao_Popular_Portuguesa_VVEE.pdf >
_____. Contos, fábulas, facécias e exemplos da tradição portuguesa. Lisboa: Soc. de Expansão Cultural, 1963.
_____. Histórias maravilhosas da tradição popular portuguesa recolhidas e contadas por Ana de Castro Osório. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural, 195-.
_____. Mães. Setúbal: Livraria editora “Para as crianças”, 1907.
ROCHA, Natércia. Breve história da literatura para crianças em Portugal. 2ª ed. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa / Ministério da Educação, 1992.
RUAS, Luci. Por uma literatura infantil portuguesa - Aquilino Ribeiro e Matilde Rosa Araújo. Abril: Revista do Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e Africana da UFF. Niterói, v. 6, n. 13, 2º sem., pp. 13-30, 2014.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. trad. Maria Clara Correa Castello. São Paulo: Perspectiva, 1975.
VERGUEIRO, Waldomiro e SANTOS, Roberto Elísio dos. A postura educativa de O Tico-Tico: uma análise da primeira revista brasileira de histórias e quadrinhos. Comunicação & Educação: Revista do Departamento de Comunicações e Artes da ECA/USP. São Paulo, v. XIII, n. 2, maio/ago, pp. 23-34, 2008.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).