A transtextualidade em ‘Morte e vida severina’: soluções estéticas nas adaptações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2018.v15n2a19910

Palavras-chave:

Morte e vida severina, literatura, adaptação, transtextualidade.

Resumo

Este artigo, fundamentado nas bases teóricas de Gerard Genette, examina os processos de adaptação de Morte e vida severina: auto de Natal pernambucano (1955), de João Cabral de Melo Neto, para as obras homônimas do cartunista Miguel Falcão e do cineasta Afonso Serpa. Do primeiro criador se analisa uma graphic novel e, do segundo, uma animação. Neste trabalho se investiga, ainda, o modo como os textos dialogam entre si e que efeitos de sentido podem ser apreendidos das escolhas feitas nas releituras do poema dramático. Todas essas possibilidades de leitura visam a contribuir como sugestões para o trabalho docente para jovens leitores.

 

 

Biografia do Autor

Ana Lúcia Macedo Novroth, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Possui graduação em Letras (Língua Portuguesa) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1989) e mestrado em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2015). Atualmente faz doutorado na Universidade Presbiteriana Mackenzie na área de concentração "Estudos discursivos e textuais", linha de pesquisa "Procedimentos de constituição dos sentidos do discurso e do texto".

Referências

ALVAREZ, Aurora Gedra Ruiz. A pintura e o poema: processos de criação e de leitura. Letras & Letras. Revista do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia: Editora da Universidade Federal de Uberlândia. v. 27, n. 02, p. 413-422, jul/dez. 2011.

BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

BAZIN, Andre. Por um cinema impuro. Tradução de Eloísa de Araújo Ribeiro. São Paulo: Brasiliense, 1999.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994.

______. Os estudos literários na era dos extremos. In: Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. Tradução de Nílson Moulin. São Paulo, Companhia das Letras, 1993.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.

CURADO, Maria Eugênia. Literatura e cinema: adaptação, tradução, diálogo, correspondência ou transformação? Temporis[ação], Goiás, v. 1, nº 9, Jan/Dez, 2007.

DICIONÁRIO DE NOMES PRÓPRIOS. Severina (Verbete). Dicionário de nomes próprios. Disponível em: < https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/severina/>. Acesso em 26 ago. 2018.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Tradução de Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

FALCÃO, Miguel. Pelo segundo ano seguido. Anima Mundi não terá longas brasileiros. Cultura. Globo. Disponível em: < https://oglobo.globo.com/cultura/pelo-segundo-ano-seguido-anima-mundi-nao-tera-longas-brasileiros-2718543#ixzz4wSRMvSlP >. Acesso em: 26 ago. 2018.

_______. Adaptação de Morte e vida Severina concorre a prêmio na terra do mangá. In: Jornal do Commércio. 07/09/2013. Entrevista. Disponível em: <http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/cinema/noticia/2013/09/07/adaptacao-de-morte-e-vida-severina-concorre-a-premio-na-terra-do-manga-96638.php>. Acesso em: 26 ago. 2018.

GENETTE, Gérard. Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Tradução de Cibele Braga et al. Belo Horizonte: Viva Voz, 2010.

GUIMARÃES, Hélio. O romance do século XIX na televisão: observações sobre a adaptação de Os Maias. In: PELLEGRINI, Tânia et al. Literatura, cinema e televisão. São Paulo: Ed. Senac. São Paulo: Instituto Itaú Cultural, 2003: 91-114.

HUTCHEON, Linda. Uma teoria da adaptação. Tradução de André Cechinel. Florianópolis: Editora da UFSC, 2013.

KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. Tradução de Lúcia Helena França Ferraz. São Paulo: Perspectiva, 2005

LITERATURA de Cordel (Verbete). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo9658/literatura-de-cordel>. Acesso em: 03 nov. 2017.

MARTIN, Macel. A linguagem cinematográfica. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Brasiliense, 2003.

MELO NETO, João Cabral. Morte e Vida Severina e outros poemas para vozes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.

_______. João Cabral: O engenheiro do verso. Entrevista. Disponível em: http://medei.sites.uol.com.br/penazul/geral/entrevis/cabral.htm. Acesso em 01 nov. 2017.

MELO NETO, João Cabral de; FALCÃO, Miguel. Morte e vida severina. Recife: Fundaj/Massangana, 2009. 42 p.: il. Edição em quadrinhos.

MEYER, Marlyse. Mortes Severinas. Caminhos do Imaginário no Brasil. São Paulo: EDUSP, 1993

MITRY, Jean. A forma e o objetivo do cinema. In: ANDREW, James Dudley. As principais teorias do cinema: uma introdução. Tradução de Tereza Otton. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

MORTE E VIDA SEVERINA. Direção: Afonso Serpa. Produção: Alexandre Fischgold. Roteiro: Afonso Serpa. Música: Lucas Santtana, Macedo Jeneci, Rica Amabis, Siba Siba. Brasil: Fundação Joaquim Nabuco/TV Escola. 2010. Animação, Drama. P&B. HD (56 min.). Disponível em: < https://tvescola.org.br/tve/videoteca/serie/interprograma-morte-e-vida-severina>. Acesso em 26 ago. 2018.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2009.

SAMPAIO, Maria Lúcia Pinheiro. História da poesia modernista. São Paulo: João Scortecci Editora, 1991.

SECCHIN, Antonio Carlos. João Cabral: a poesia do menos. São Paulo: Duas cidades; Brasília: INL, Fundação Nacional Pró-Memória, 1999.

Downloads

Publicado

2020-05-10

Edição

Seção

Literatura infanto-juvenil e outras artes em diálogo