O gênero na construção do estado- nação: uma análise das narrativas nas marchas das mulheres indígenas entre 2019 e 2021

Autores

Palavras-chave:

Estado-Nação, Marchas, Mulheres Indígenas, Narrativas

Resumo

Neste trabalho discuto como as mulheres indígenas estão reconstruindo as narrativas sobre a Nação (BHABHA, 2014), a partir da sua militância e atuação política durante as marchas de mulheres indígenas de 2019 e 2021. Os documentos apresentam denúncias contra o descaso da política anti-indígena do governo Bolsonaro e trazem elementos narrativos, que nos permitem pensar sobre a Nação através das mulheres indígenas, pondo em perspectiva as historiografias nacionais que são disputadas e ressignificadas por grupos ditos minoritários e marginalizados no processo de formação nacional. Além disso, discuto como o gênero (MC CLINTOCK, 2010) e a maternidade estão associadas a nação e ao nacionalismo. Frases como: “somos o útero do Brasil”, "as primeiras brasileiras“e "a mãe do Brasil é indígena”, entre outras, são utilizadas de forma estratégica e política para explicar o vínculo entre o corpo e a existência das mulheres indígenas com elementos da natureza e para posicioná-las como defensoras.

 

 

 

Biografia do Autor

Louise C G Branco, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

 possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2012). Mestrado em Antropologia na Universidad de Costa Rica. (2019).  Atualmente está cursando doutorado na UFRN (2022).Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em mulheres indígenas, emergência étnica, relações etno-raciais, povos indígenas do Nordeste, atuando principalmente nos seguintes temas: memória étnica,feminismos plurais, feminismo indígena e comunitário, epistemologias plurais, encontros de saberes. Tendo como novos interesses, capoeira angola e a presença das mulheres, ancestralidades, Estado e questões de gênero.

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Publicado

2024-03-12 — Atualizado em 2024-03-28

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