Clausewitz, Keegan e a evolução da guerra: caminhos entre a racionalidade e a etologia

Autores

  • Daniel Ribera Vainfas
  • Daniel de Pinho Barreiros UFRJ

Palavras-chave:

Guerra, Etologia, Cultura guerreira, Big History, Clausewitz, Keegan

Resumo

Como fenômeno social, a guerra está subordinada à política, como defende Clausewitz, ou, ao contrário, é produto de uma “cultura guerreira” instintiva, comum a todos os povos e tempos e para além da política, como sugere Keegan? Devemos enfatizar “elementos históricos essenciais” na busca de um contínuo intertemporal para a guerra? Neste artigo, enfatizamos a relevância do postulado da “perenidade da guerra” e a impropriedade de uma dicotomia entre racionalidade política versus instintividade. Os resultados do choque entre essas duas correntes de pensamento sobre as origens da guerra enfrenta limitações devido à ausência de um “jogo de escalas” temporal, de modo que as abordagens de curta duração emergem como incompatíveis com visões macro-históricas. Sugerimos que uma compreensão profunda do fenômeno da guerra deve considerar a interação e a retroalimentação entre processos em diferentes escalas de tempo, do episódico ao evolucionário.

Biografia do Autor

Daniel Ribera Vainfas

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGE-IE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Daniel de Pinho Barreiros, UFRJ

Professor do Programa de Pós-graduação em Economia Política Internacional (PEPI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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Publicado

2019-09-24

Edição

Seção

Artigos e Ensaios