Nova geografia do refino, economia do suprimento de derivados e escolhas nacionais
Keywords:
Refino, derivados de petróleo, petróleo cru, estruturas de mercadoAbstract
O parque refinador do mundo, constituído de refinarias com pouca flexibilidade de tipos de derivados a produzir com cada carga processada, está sofrendo grandes impactos tanto do padrão dos produtos, como por sua localização geográfica que muda dos países mais ricos para os emergentes da Ásia e fora dos países da OCDE. O modelo de integração vertical se expande nos países produtores e os grandes consumidores desenvolvem capacidades de refino para acompanhar o crescimento de seu consumo doméstico. Especificidades do setor como a rigidez das unidades de processo, os riscos associados a investimentos intensivos em capital e de longa maturação em mercados voláteis de curto prazo, condicionam essa nova geografia dos investimentos, impulsionadas por razões geopolíticas. As experiências internacionais diferem entre si. Desde as experiências dos EUA, com uma significativa presença de refinadores independentes, mas sob o comando de grandes grupos refinadores integrados e da China, que utiliza suas refinarias pequenas e pouco complexas - as teapot - como instrumento de integração com o comércio internacional, mas que depende cada vez mais dos grandes complexos das estatais chinesas e a Rússia, que convive com refinarias de baixa complexidade, produzindo óleo combustível de demanda declinante no mundo, mas que se expandiu para garantir o escoamento da produção de petróleo que não encontrava mercados internacionais, são alguns modelos mencionados. A Arábia Saudita, com abundância da produção de petróleo e mercado doméstico de consumo relativamente pequeno, expande sua capacidade de exportação de derivados.Downloads
Published
2022-10-03