ÁFRICA, UM CONTINENTE SEM FIADORES: AS DIFERENÇAS ENTRE O MODELO OCIDENTAL E O CHINÊS DE FINANCIAR O DESENVOLVIMENTO E O CASO DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

Autori

  • Rafael Antônio Anicio Pereira
  • Samuel Costa Peres

Parole chiave:

Financiamento do Desenvolvimento, China, África, Instituições Financeiras Multilaterais

Abstract

Nos últimos anos, a África tem ocupado um espaço cada vez maior no cenário econômico e político internacional, devido, sobretudo, às altas taxas de crescimento econômico de muitos de seus países. Claramente, a China tem exercido papel importante neste novo ciclo. Parece indiscutível que, por um lado, a crescente relação econômica entre a China e países da África é benéfica para o desenvolvimento destes últimos. Por outro lado, ela não é livre de controvérsias. Neste artigo, o objetivo é tratar das visões que os países ocidentais e as instituições financeiras multilaterais têm a respeito do desenvolvimento econômico e, mais especificamente, do financiamento de infraestrutura na África, contrastando-as com a abordagem chinesa. Ademais, busca-se traçar potenciais impactos positivos e negativos de cada enfoque a partir de uma análise do caso da República Democrática do Congo, o qual evidencia que a despeito de ser benigna, a ajuda chinesa à África não é altruísta e envolve interesses diversos tanto no país como no continente em geral. Nesse sentido, eleger como superior o modelo de financiamento chinês ou o ocidental não é algo trivial. Em todo caso, a busca de um equilíbrio entre a visão ocidental e chinesa parece ser a alternativa mais apropriada para que se avance de forma harmoniosa em direção ao desenvolvimento da África, respeitando sua soberania.

Biografie autore

Rafael Antônio Anicio Pereira

Mestrando em Economia pelo PPGE-UFRGS.

Samuel Costa Peres

Mestrando em Economia pelo PPGE-UFRGS.

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Pubblicato

2017-02-06

Fascicolo

Sezione

Artigos e Ensaios