Velhos e novos movimentos antissistêmicos, Neoliberalismo e resistências, Movimentos sociais, América Latina
Resumo
O artigo apresenta a emergência, os rumos e os desafios dos novos movimentos sociais, tanto de base rural como urbana, no continente latino-americano de fins do século XX e início do novo milênio. Parto da análise que considera que o aparecimento desses movimentos – organizações indígenas, camponesas, os chamados “movimentos sem”, movimentos religiosos, ecológicos e de mulheres, coletivos militantes, ONGs, organizações sociais e juvenis etc. – e, com eles, o fortalecimento de um novo ciclo de protesto social na região foram fruto das profundas e regressivas consequências das políticas neoliberais adotadas na grande maioria dos países do continente, mas não tanto da desilusão para com o desempenho de velhos movimentos antissistêmicos clássicos no poder. Termina por melhor expor a reconfiguração de seus sujeitos sociais, os principais desafios a serem superados e um pouco do que se tem feito recentemente nos planos da reflexão e da ação.
Biografia do Autor
Jales Dantas da Costa
Professor no Departamento de Economia da Universidade de Brasília. Coordenador do Grupo de Pesquisa Revoluções e Contrarrevoluções e pesquisador do Grupo de Pesquisa em Economia Política dos Sistemas-Mundo.