DO SESQUICENTENÁRIO AO BICENTENÁRIO: AS PRÁTICAS DO MUSEU NACIONAL ALÉM DAS EFEMÉRIDES DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Autores

Palavras-chave:

Gestão da Reconstrução, Cápsula do Tempo, Bicentenário da Independência.

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo apresentar e registrar a relevância da gestão administrativa realizada na equipe da direção do Museu Nacional/MN da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ em relação à reconstrução da instituição, tendo como contextualização a aparição do Museu nos momentos das distintas comemorações da Independência do Brasil. Por estarmos às vésperas das comemorações do Bicentenário da Independência do país, propomos uma reflexão do papel do Museu no Bicentenário, passando pela apresentação da Cápsula do Tempo existente na frente da entrada da instituição (na Quinta da Boa Vista). Na ocasião, atualizaremos o leitor sobre as ações realizadas pela equipe da direção do Museu Nacional em relação à reconstrução da instituição e o brindaremos com a marcante intenção deste Museu de discutir uma proposta de encapsulamento do tempo.

Biografia do Autor

Mariah Martins, Museu Nacional/UFRJ

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente desenvolve pesquisas sobre a formação de campos do conhecimento interdisciplinares, em especial a Conservação de bens culturais, sua história e teoria. A pesquisa de doutoramento debate a formação da área de conservação de bens culturais a partir da relação de conceitos chave e como estes estarão presentes na prática preservacionista. Possui graduação em História pela mesma universidade (2010). Desenvolve pesquisas na área de História, com ênfase em História das Ciências e epistemologias, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Conservação, Patrimônio Cultural, e práticas letradas. Atualmente é Chefe de Gabinete da Direção do Museu Nacional / UFRJ. É membro da gestão da Associação de Pós-graduandos da UFRJ, APG-UFRJ, e foi conselheira no Cepg, Conselho de Ensino para Graduados, da UFRJ.

Regina Dantas, HCTE/UFRJ e MN/UFRJ

Possui bacharelado e licenciatura em História (UGF - 1980), Mestrado em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO (2007), Doutorado em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia/HCTE pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ (2012). Realizou Pós-doutorado na mesma Universidade (2013). Aposentada como Técnica em Assuntos Educacionais da UFRJ (2017), atua como Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia - HCTE/UFRJ. Compõe o corpo docente permanente do HCTE/UFRJ desde 2012, foi Vice-coordenadora (2014-2016) e Coordenadora (2016-2017) do mesmo Programa de Pós-graduação. No Museu Nacional/UFRJ: é Historiadora (desde 1994); foi Diretora Adjunta de Administração da mesma instituição (1998-2002); é Professora Colaboradora do Programa de Pós-graduação em Geociências - Patrimônio Geopaleontólogico/PPGEO (desde 2018) e desenvolve atividades como Pesquisadora Colaboradora do Laboratório da Seção de Memória e Arquivo/SEMEAR do Museu Nacional/UFRJ (desde 2017). Atuou como Superintendente da Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ (2004-2010). Foi Professora Colaboradora do curso de graduação em Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação/CBG/UFRJ (2007-2019), Membro do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de História das Ciências/SBHC (2014-2018). Membro da Diretoria da SBHC, 2a. Secretária (2018-2020). Membro do Comitê de criação do Museu da Computação do iNCE/UFRJ (desde 2013), Pró-Reitora de Pessoal da UFRJ (2015-2016). Foi Editora-chefe do periódico eletrônico Práticas em Gestão Pública Universitária/PGPU da UFRJ (2017-2019). Vem desenvolvendo pesquisas na área de História das Ciências, com ênfase nos seguintes temas: História das Ciências no Brasil, História das Instituições Científicas Brasileiras do século XIX, Mulheres das Ciências no Brasil, Patrimônio, Memória, Colecionismo, Arquivos e Museus científicos. Coordena projetos de pesquisa e de extensão sobre a história das instituições científicas brasileiras, em destaque, o Museu Nacional/UFRJ e suas coleções científicas; e sobre o antigo Paço de São Cristóvão, edificação que serviu como residência das famílias Real e Imperial, tendo como destaque, o período de D. Pedro II e as relações com as ciências no Brasil durante o século XIX. Realizou curadoria de exposições, com destaque "O Museu dá Samba! A Imperatriz é o relicário no Bicentenário do Museu Nacional" (Museu Nacional, 2018).

Paulo Vinicius Aprigio, Colégio Pedro II

Bacharel e licenciado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre e doutor pelo Programa de Pós-graduação em História das Ciências das Técnicas e Epistemologia. Atua na área de História das Ciências, Educação, Patrimônio e memória, com ênfase nos seguintes temas: História das Ciências no Brasil, História das Instituições Científicas Brasileiras, História do Museu Nacional da UFRJ, História do Paço de São Cristóvão, História do bairro de São Cristóvão, Educação e Patrimônio. Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Colégio Pedro II - Campus São Cristóvão III.

Referências

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Publicado

2022-10-27

Edição

Seção

Artigo