UMA CIDADE FRENÉTICA E ESTÁTICA: A FUGA DA POPULAÇÃO DE ANTIOQUIA DURANTE A REVOLTA DAS ESTÁTUAS (387)
DOI:
https://doi.org/10.26770/phoinix.v27n2a2Palavras-chave:
Antiguidade tardia, Antioquia, história urbana, cidade pós-clássica, população.Resumo
A História Urbana da Antiguidade Tardia é marcada por um conjunto de transformações que vão aos poucos redefinindo a paisagem da cidade clássica, de modo a convertê-la na cidade pós-clássica, uma forma urbana particular que conjuga as antigas estruturas greco-romanas e judaicas associadas a elementos cristãos. A cidade pós-clássica, que vigora entre os séculos III e VII, é, pois, uma forma urbana híbrida e ao mesmo tempo particular, cuja história não deve ser interpretada nos termos de “declínio” ou “ruína”, em contraste com a cidade clássica, que lhe teria sido superior. Além disso, não convém examiná-la apenas do ponto de vista do ambiente construído, sem levar em conta a apropriação cotidiana do espaço urbano pelos usuários, o que equivale a reintroduzir a população na agenda de pesquisa sobre as poleis e civitates da época tardia. À luz dessas considerações, nosso objetivo é refletir sobre o comportamento dos habitantes de Antioquia, a metropolis da província da Síria-Coele, por ocasião do Levante das Estátuas, com destaque para o movimento de fuga dos citadinos devido à difusão de um rumor sobre a invasão iminente da cidade pelas forças imperiais, quando, de um momento para o outro, Antioquia se viu privada dos agentes que lhe conferiam movimento e vitalidade, como relatam Libânio e João Crisóstomo, testemunhas oculares do episódio.Métricas
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