UMA CIDADE FRENÉTICA E ESTÁTICA: A FUGA DA POPULAÇÃO DE ANTIOQUIA DURANTE A REVOLTA DAS ESTÁTUAS (387)

Autores

  • Gilvan Ventura da Silva Professor titular de História Antiga da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Doutor em História pela Universidade de São Paulo, bolsista produtividade 1-C do CNPq e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano (Leir). No momento, executa o projeto Migração, movimento e desordem na cidade pós-clássica: Antioquia e os efeitos da dinâmica populacional (356-397 d.C.). https://orcid.org/0000-0002-4868-6596

DOI:

https://doi.org/10.26770/phoinix.v27n2a2

Palavras-chave:

Antiguidade tardia, Antioquia, história urbana, cidade pós-clássica, população.

Resumo

A História Urbana da Antiguidade Tardia é marcada por um conjunto de transformações que vão aos poucos redefinindo a paisagem da cidade clássica, de modo a convertê-la na cidade pós-clássica, uma forma urbana particular que conjuga as antigas estruturas greco-romanas e judaicas associadas a elementos cristãos. A cidade pós-clássica, que vigora entre os séculos III e VII, é, pois, uma forma urbana híbrida e ao mesmo tempo particular, cuja história não deve ser interpretada nos termos de “declínio” ou “ruína”, em contraste com a cidade clássica, que lhe teria sido superior. Além disso, não convém examiná-la apenas do ponto de vista do ambiente construído, sem levar em conta a apropriação cotidiana do espaço urbano pelos usuários, o que equivale a reintroduzir a população na agenda de pesquisa sobre as poleis e civitates da época tardia. À luz dessas considerações, nosso objetivo é refletir sobre o comportamento dos habitantes de Antioquia, a metropolis da província da Síria-Coele, por ocasião do Levante das Estátuas, com destaque para o movimento de fuga dos citadinos devido à difusão de um rumor sobre a invasão iminente da cidade pelas forças imperiais, quando, de um momento para o outro, Antioquia se viu privada dos agentes que lhe conferiam movimento e vitalidade, como relatam Libânio e João Crisóstomo, testemunhas oculares do episódio.

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Publicado

2021-12-28

Como Citar

SILVA, Gilvan Ventura da. UMA CIDADE FRENÉTICA E ESTÁTICA: A FUGA DA POPULAÇÃO DE ANTIOQUIA DURANTE A REVOLTA DAS ESTÁTUAS (387). PHOÎNIX, [S. l.], v. 27, n. 2, p. 29–52, 2021. DOI: 10.26770/phoinix.v27n2a2. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/49095. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ