DA HISTORICIDADE DOS SUFIXOS FORMADORES DE NOMES DE PROFISSÕES: UMA ANÁLISE DISCURSIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.v3i2.17926

Palavras-chave:

formação de palavras, morfologia, história das ideias linguísticas, análise do Discurso

Resumo

Em nosso trabalho, inscrito no campo da formação de palavras com ancoragem teórica em História das Ideias Linguísticas (HIL) no encontro com a Análise de Discurso (AD) de Linha Francesa (Pêcheux; Orlandi), propomos refletir sobre a historicidade dos sufixos -eiro e –ista, no que tange ao processo de formação de palavras para nomes de profissões. Assim, verificaremos como comparecem os discursos acerca destes sufixos em seis gramáticas do século XX e XXI, de forma que seja possível capturar e compreender não apenas suas regularidades como também suas irregularidades que ocorrem durante o processo de nomear uma profissão. Para isso, consideraremos que há um imaginário, já sedimentado, nos manuais gramaticais e em nossa cultura, de que enquanto o sufixo –ista é relativo às profissões de maior prestígio social (por ex. dermatologista, jornalista), ao passo que o sufixo –eiro forma as profissões desfavorecidas de um prestígio e, muitas vezes, marginalizadas (por ex. borracheiro, carpinteiro). Nas gramáticas selecionadas (cf. texto), nos propomos refletir sobre as posições e tensões no processo de formação de nomes de profissões por esses dois sufixos.

Biografia do Autor

Michel Marques de Faria, Universidade Federal Fluminense

Graduando em Letras -- Português e Língua Estrangeira Italiana da UFF -- Universidade Federal Fluminense. E-mail: michelmarques@id.uff.br

Vanise Gomes de Medeiros, Universidade Federal Fluminense

Docente da UFF - Universidade Federal Fluminense, bolsista produtividade 2 do CNPq e CNE (FAPERJ)

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Publicado

2018-12-28

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Artigos