A VOZ NO ENTRONCAMENTO TEÓRICO DA PSICANÁLISE E DA ANÁLISE DO DISCURSO.
DOI:
https://doi.org/10.61358/policromias.v5i1.30424Keywords:
Voz. Psicanálise. Análise de DiscursoAbstract
A voz exerce grande significação na prática clínica da psicanálise, ocupando um lugar de expressivo relevo na constituição do sujeito ─ este por sua vez é clivado pela condição do inconsciente, constituindo-se não senhor do seu dizer. Essa constatação estabelece a não unicidade do sujeito, uma cisão entre o que ele diz e o que ele pensa, sobressaindo o equívoco como dimensão fundante da linguagem. No plano do discurso, a voz pode ser destacada como materialidade significante, como materialidade vocal produzida no corpo humano e funcionando por meio dos seus efeitos de sentido marcando a sua posição material na ordem da subjetividade. Essas proposições nos demandam, como objetivo, nesse estudo, elucidar alguns pontos que resumem as discussões sobre a temática da voz, marcando cada disciplina com o seu devido arcabouço teórico.
References
BASTOS, Angélica. A voz na experiência psicanalítica. Rio de Janeiro. Àgora (Rio J.) Vol. 17, nº 1, jan/jun 2014.
DIDIER-WEILL, Alain. Os três tempos da lei: o mandamento siderante, a injunção do supereu e a invocação musical. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
HARARI, Roberto. O Seminário “A Angústia” de Lacan: uma introdução. Porto Alegre: Artes e ofícios, 1997.
LOMBARDI, Gabriel. O Desejo da Análise e a Pulsão Invocante. In Abordagens da Voz a partir da Análise de Discurso e da Psicanálise. Maliska, Maurício Eugênio./Souza, Pedro de. (Orgs). Campinas, SP: Pontes Editores, 2017.
MALISKA, Maurício E. A voz: um corpo que não engana? Apresentação no SEDISC 2016. In Análise de Discurso em Rede: Cultura e Mídia. FLORES, Giovanna [et al]. Campinas- SP: Pontes Editora, 2017.
ORLANDI, Eni. Discurso e texto: formulação e circulação dos sentidos. 4. ed. Campinas: Pontes, 2012.
_______________. As formas do Silêncio: no movimento dos sentidos. 6ª ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.
____________. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 2ª. ed. ver. aum. Campinas-SP: Pontes, 1987.
PÊCHEUX, Michel. Questões Iniciais. In: CONEIN, B. [et al] (orgs). Materialidades discursivas. Editora Unicamp, Campinas, SP, 2016.
________________. As massas populares são um objeto inanimado? In: ORLANDI, Eni (Org). Análise de discurso: Michel Pêcheux. Campinas: Pontes, 2011.
____________. O discurso: estrutura ou acontecimento. 2. ed. Tradução de Eni P. Orlandi. Campinas: Pontes, 1997.
___________. Analyse Automatique du Discours, Dunod, Paris, 1969.
PORGE, Erik. Voz do eco. Tradução: Viviane Veras. Campinas-SP: Ed. Mercado de Letras, 2014.
SANTOS, V. dos; CANDELORO, R. J. Trabalhos acadêmicos uma orientação para a pesquisa e normas técnicas. Porto Alegre: Editora Age, 2006.
SOUZA, Pedro de. A vida de cantores em documentário: voz e subjetivação. In Abordagens da Voz a partir da Análise de Discurso e da Psicanálise. Maliska, Maurício Eugênio./Souza, Pedro de. (Orgs). Campinas, SP: Pontes Editores, 2017.
VIVES, J. M.; Para introduzir a questão da pulsão invocante. Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 12, n. 2, p. 329-341, junho 2009.