“Pra colocar o carnaval na rua”: estratégias de sobrevivência no primeiro desfile de uma escola de samba do grupo de acesso carioca

Autores/as

  • Vinícius Natal Programa de Pós-Graduação em História da Arte - UERJ

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.v5i4.37598

Palabras clave:

Carnaval.Escolas de Samba. Sociabilidade. Arte. Rio de Janeiro.

Resumen

O artigo busca analisar, a partir da fundação do G.R.E.S. Feitiço do Rio, em 2017, e sua preparação para o seu primeiro desfile carnavalesco, as estratégias forjadas pelo seu corpo diretivo para "colocar o carnaval na rua", termo nativo que significa finalizar a produção visual em tempo da realização do desfile anual carnavalesco. Para tanto, compreendo que uma permanente reelaboração visual da escola junto à sociabilidade trançada com outras escolas de samba da região do centro do Rio de Janeiro são estratégias de uma "cultura de sobrevivência" em meio às dificuldades impostas por um modelo de carnaval que privilegia as escolas de samba do Grupo Especial em detrimentos das escolas de samba dos grupos de acesso.

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Publicado

2021-01-22