A EDUCAÇÃO PELAS IMAGENS: O ANTICOMUNISMO NAS REPRESENTAÇÕES IMAGÉTICAS NA ERA VARGAS (1930 – 1945)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.v6i1.38178

Palabras clave:

Anticomunismo, Imagens, Era Vargas, Educação Informal.

Resumen

As imagens sempre tiveram grande poder de influência sobre a formação de opiniões na sociedade. As revoluções tecnológicas que vêm se desenvolvendo desde a Revolução Industrial, possibilitaram a difusão de informações em larga escala, sendo muito utilizadas como meio de propaganda pelo Estado para a veiculação de notícias que pudessem fortalecer o status do governo vigente. Durante a Era Vargas (1930-1945), este recurso foi amplamente utilizado em diversos âmbitos midiáticos, principalmente no que se refere à criação de uma rejeição ao comunismo no Brasil. Esta visão anticomunista foi incentivada por meio de cartazes e jornais que apontavam a esquerda como um mal para a sociedade, e tornou-se parte do imaginário, enraizando-se na cultura política do país. Estas imagens possuíram um caráter formador no imaginário social, alcançando uma significativa parte da população, até mesmo a iletrada, por reunir elementos de fácil abstração. Tais recursos imagéticos contribuem de forma indireta para uma formação educativa, mesmo não estando inseridos no âmbito educativo formal/escolar. Assim, pode-se destacar que a educação informal funciona enquanto uma linguagem educacional e social, pois tem o poder de alcançar diversas camadas sociais e exerce uma função de formação de opinião.

Biografía del autor/a

Alexandre Felipe Fiuza, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Professor Associado do Colegiado de Pedagogia e do Mestrado e Doutroado em Educação da UNIOESTE, Campus de Cascavel. Licenciado em História pela UFPB, Mestre em Educação pela UNICAMP e Doutor em História pela UNESP/ Campus de Assis. Pós-Doutor em História Contemporânea pela Universidad Autónoma de Madrid (2008) e pela Universidad Complutense de Madrid (2017). 

Gabriela Cristina Beltramin de Bona, Escola Municipal São José - Corbélia, Paraná. Grupo de Pesquisa História e Historiografia na Educação - UNIOESTE/ Campus de Cascavel.

Graduada em História pela UNIPAR e Mestra em Educação pela UNIOESTE/ Campus de Cascavel. Professora da Escola Municipal São José - Corbélia, Paraná. Integrante do Grupo de Pesquisa História e Historiografia na Educação - UNIOESTE/ Campus de Cascavel.

Citas

ALTHUSSER, L. Aparelhos ideológicos do Estado. 3 ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1987.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 12 ed. São Paulo: HUCITEC, 2006.

BARBOSA, P. Teoria da recepção – Stuart Hall. Grupo Museu Patrimônio: Série de Seminários Regulares, USP, 2016, pp. 01-13.

BERNET, T. La educación fuera de la escuela. Âmbitos no formales y educación social. Barcelona: Ariel, 2003.

BERTONHA, J. F. Entre Mussolini e Plínio Salgado: o Fascismo italiano, o Integralismo e o problema dos descendentes de italianos no Brasil. Rev. bras. Hist., São Paulo, v. 21, n. 40, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882001000100005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 12 Ago. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-01882001000100005.

BRUNO, A. Educação formal, não-formal e informal: da trilogia aos cruzamentos, dos hibridismos a outros contributos. Mediações – Revista OnLine da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, 2014. Disponível em: http://mediacoes.ese.ips.pt/index.php/mediacoesonline/article/view/68/pdf_28

BURKE, P. Testemunha ocular: história e imagem. Bauru, SP: EDUSC, 2004.

CATÁLOGO da Exposição Nacional do Estado Novo, CPDOC, 2020. Disponível em: https://expo-virtual-cpdoc.fgv.br/exposicao-nacional-do-estado-novo

DUTRA, E. O ardil totalitário: Imaginário político no Brasil dos anos de 1930. 2 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.

FERREIRA, R. C. A comissão nacional do livro didático durante o Estado Novo (1935 – 1945). Dissertação (Mestrado em História). São Paulo: UNESP, 2008.

FIORUCCI, R. O comunismo nas páginas da revista integralista Anauê (1935-37): o inimigo (inter)nacional. Editora Perseu, 2016.

FRAGA, A. B. A propagação das ideias anticomunistas para crianças na Exposição Nacional do Estado Novo (1938). Cordis. Dimensões do Regime Vargas, São Paulo, n. 18, p. 3-38, jan./jun. 2017.

GIROLA, M. K.. Signo e ideologia: a contribuição bakhtiniana para a filosofia da linguagem. Língua e Literatura, 27, 319-332, 2004-6.

GOHN, M. G. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação das políticas públicas de educação, 14 (50), 27-38, 2006.

GRAMSCI, A. Cadernos do Cárcere. V. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

MOTTA, R. P. Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil (1917 – 1964). São Paulo: Editora Perspectiva, FAPESP, 2002.

OLIVEIRA, R. S. Imprensa integralista, imprensa militante (1932-1937). Tese (Doutorado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2009.

PEREIRA, M. A. M. O discurso anticomunista católico e as imagens da Guerra Civil na Espanha: ordem x desordem. História Social, n. 17, 2009a.

_ _ _ _ _ _. O anticomunismo católico em cena. Revista Nures, n. 11, São Paulo, PUC, pp.1-24, jan./abr. 2009b.

ROMANELLI, O. História da educação no Brasil. 8 ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1986.

Publicado

2021-06-26

Número

Sección

Artículos