Hermenêutica do fonograma: uma visão crítica do registro sonoro enquanto texto para análise estética da voz lírica

Daniel Salgado da Luz

Resumo


O trabalho tem como intuito explorar as possibilidades comunicativas entre o registro sonoro e o ouvinte, no que circunscreve as práticas interpretativas do canto operístico e tradições orais que tangem a performance de ópera. Apresenta-se, também, uma reflexão hermenêutica sobre que tipo de texto é o fonograma – que, enquanto fruição estética, possui características do registro convencional, notação musical e texto escrito, tendo, simultaneamente, características similares à contemplação da performance. O disco, enquanto fenômeno linguístico transmissor de um significante, permite que autores como J. B. Steane, Michael Scott e Rodolfo Celletti ponham a gravação como registro “par excellence” das práticas e tradições do canto lírico. Por fim, propõe-se uma reflexão sobre o discurso histórico das práticas musicais como possibilidades vazias que são preenchidas pela pluralidade de interpretações presentes nos discos e no estímulo pedagógico na formação de modelos para estudantes de música.

Palavras-chave


Hermenêutica; prática musical; registro sonoro; análise de gravações; oralidade; canto lírico

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DOI: https://doi.org/10.47146/rbm.v30i2.26112

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