O Cantum Ecclesiasticum e o Ordo Amplissimus, dois manuais portugueses de música para a liturgia de defuntos

Autores

  • José Filomeno Martins Raimundo Escola Superior de Artes Aplicadas, Castelo Branco

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v29i1.29165

Palavras-chave:

Música e ritual, liturgia musical, prática musical nos funerais, século XVII, música ibérica, Filipe de Magalhães, Duarte Lobo

Resumo

No presente estudo faz-se uma descrição do conteúdo de dois manuais de música, compostos para a liturgia de defuntos. Trata-se de manuais pós tridentinos: o Cantum Ecclesiasticum, cuja primeira edição conhecida é de 1614, da autoria de Filipe de Magalhães e o Ordo Amplissimus, editado em 1603, de que se conhecem apenas dois exemplares, da autoria de Duarte Lobo, Bento Godinho e Bartolomeu Vicente. A importância atribuída à morte, como se pode constatar pelo número de edições dos manuais, e a prática de orar pelos defuntos  desde os primeiros tempos do Cristianismo até ao século XVII, são aspectos centrais neste estudo. Os dois manuais, ao fazerem parte do repertório da música pelos mortos, constituem-se como documentos importantes na compreensão do modo como, ao tempo, era marcada a transição desta vida para a outra e a atenção posta na comemoração dos defuntos.

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Publicado

2016-06-30