Gradações rítmicas no limiar da percepção humana: Atmosphères, de György Ligeti

Autores

  • Claudio Vitale Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v28i2.29180

Palavras-chave:

Atmosphères, György Ligeti, gradação, processos rítmicos, continuum, análise musical

Resumo

Neste artigo estudamos um trecho da obra Atmosphères (letra de ensaio C), do compositor György Ligeti. Utilizamos o conceito de gradação como base para nossas interpretações estabelecendo relações com a noção de continuum. Consideramos fundamental este par de conceitos na produção do compositor após sua experiência no Estúdio de Música Eletrônica de Colônia. De fato, podemos afirmar que a gradação enquanto técnica sustenta frequentemente a sensação de continuum na percepção da obra. Consideramos o estudo de Atmosphères de grande relevância pois é nesta obra que se consolida um tipo de escrita com ampla ressonância nas obras posteriores do compositor. As análises rítmicas tentam mostrar que existe um pensamento similar ao utilizado no campo das alturas. Neste sentido, ideias como gradação ou “cluster com buracos” (continuidade com descontinuidades) podem ser aplicadas tanto no âmbito das alturas quanto do ritmo.

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Publicado

2015-12-30

Edição

Seção

Artigos