Cosmoramas, lundus e caxuxas no Rio de Janeiro (1821-1850)

Autores

  • Martha Tupinambá de Ulhôa Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Luiz Costa-Lima Neto Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v28i1.29217

Palavras-chave:

Música brasileira, música popular, lundu, caxuxa, historiografia musical

Resumo

A construção de narrativas fundadoras de identidades nacionais faz uso de uma memória seletiva, enfatizando aspectos que tendem a ser revistos após retorno às fontes primárias. Este é o caso do lundu dança, eleito como um dos pilares fundamentais da história da música popular no Brasil. O Lundu (lundum, ondu, lundu), ao lado da caxuxa (ou cachucha), foi uma das várias danças exóticas apresentadas nas performances teatrais desde fins do século XVIII, em Portugal, e na primeira metade do século XIX nos palcos da América do Sul (Rio de Janeiro, Buenos Aires, Lima). Viajantes estrangeiros que assistiram às performances de lundu (Debret, Rugendas, von Martius) compararam-no com as danças que eles conheciam na Europa (fandango espanhol, allemanda alemã). O estudo detalhado de informações extraídas dos periódicos e da análise comparativa de partituras do período (1821-1850) permite nova escuta do lundu, como parte da trilha sonora da época.

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Publicado

2015-06-30

Edição

Seção

Artigos