A música sacra no Brasil colonial: uma reflexão ontológico-hermenêutica

Autores

  • Régis Duprat Universidade de São Paulo; Academia Brasileira de Música

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v25i2.29255

Palavras-chave:

Período Colonial, música sacra, estilo barroco, estilo clássico, harmonia sequencial, varietas, pathos

Resumo

A riqueza semântico-ontológica dos textos litúrgicos sustenta a música sacra cujo discurso se estrutura na disponibilidade das técnicas e poéticas que evoluem historicamente. Os desafios da tradição dos estudos musicológicos e da pesquisa sobre as fontes primárias geraram no Brasil o acesso a um rico patrimônio musical que data do século XVIII. É um equívoco pressupor que as atividades musicais no Brasil Colonial se localizassem fora do circuito europeu da especialidade; ao contrário, integravam-se inclusive na geração de métodos e tratados teóricos a serviço das atividades criativas da profissão. Equívoco é também circunscrever geograficamente as atividades musicais apenas às regiões limítrofes do poder administrativo da Colônia, tanto quanto a excelência das composições e a variedade e quantificação do repertório; como procedeu, mutatis mutandis, a musicologia europeia relativamente à própria produção musical ibérica do mesmo período.

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Publicado

2012-12-30