Entre o hexacorde de Guido e o solfejo “francês”: a Escola de Canto de Orgaõ de Caetano de Melo de Jesus (1759) – Primeira recepção da teoria do heptacorde num tratado teórico-musical em língua portuguesa

Autores

  • Mariana Portas de Freitas Fundação Calouste Gulbenkian

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v23i2.29286

Palavras-chave:

Caetano Melo de Jesus, teoria musical luso-brasileira, heptacorde, solmização francesa, período colonial

Resumo

A Escola de Canto de Orgaõ de Caetano de Melo de Jesus (1759-1760) é um tratado de envergadura sem paralelo na teoria musical portuguesa e brasileira. Destacando-se pela exposição sistemática e visão “histórica”, introduz, pela primeira vez na teoria musical em língua portuguesa, a inovação do heptacorde, até então ignorada pelos teóricos portugueses. Reconhecendo embora as vantagens práticas do heptacorde, o Padre Caetano mantém, contudo, a sua fidelidade à tradição hexacordal, alicerçada no sistema filosófico e simbólico boeciano, em que a música era parte de um todo inteligível, harmonioso, regido por relações e proporções numéricas.

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Publicado

2010-12-30