Samba, sol, serra, mar: a Sinfonia do Rio de Janeiro de Tom Jobim, Billy Blanco e Radamés Gnattali
Resumo
Este artigo examina a Sinfonia do Rio de Janeiro (1954) como uma peça que se situa historicamente entre o início da trajetória profissional dos compositores Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco, de um lado, e o surgimento do movimento musical conhecido como bossa nova, de outro. Gravada com arranjo orquestral de Radamés Gnattali, foi criada num processo coletivo. Rica em significados, resultou de uma experiência prazerosa de dois jovens compositores em busca da sua linguagem musical e estilo próprio de compor. A análise musical da peça está fundamentada numa metodologia que se vale tanto da escuta quanto de meios técnicos na interpretação da obra. A Sinfonia se revelou uma obra moderna para o seu tempo, antecipando, em estruturas harmônicas e melódicas, bem como em sua temática, a bossa nova.Palavras-chave
Século XX, música popular brasileira, Bossa Nova, Antonio Carlos Jobim, Billy Blanco, Radamés Gnattali