Tom Jobim e Claus Ogerman: uma ontologia do arranjo musical

Autores

  • Luiz de Carvalho Duarte Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v25i1.29313

Palavras-chave:

Século XX – música popular brasileira – Bossa Nova – Tom Jobim – Claus Ogerman – arranjo

Resumo

O presente artigo aborda a parceria entre Tom Jobim e Claus Ogerman, no período entre 1963 e 1980, contextualizada em três linhas de trabalho identificadas na carreira do compositor brasileiro. Discute o conceito de arranjo fundamentado na “ontologia da obra musical”, conforme proposta por Treitler (1993) e oferece uma análise das obras “Wave” e “Se todos fossem iguais a você”, com base nos manuscritos originais do compositor e do arranjador e nos registros fonográficos de época, demonstrando as diversas maneiras pelas quais pode um arranjador intervir na elaboração de uma obra, desde a transcrição quase literal da ideia do compositor até a completa reelaboração formal, harmônica e melódica da obra. O arranjo constitui um processo que circunscreve uma ideia musical, ainda que circunstancialmente, num enunciado sonoro e, dessa forma, integra-se à obra como um todo, num processo que, ao mesmo tempo, revela e transfigura sua identidade.

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Publicado

2012-06-30