A escrita idiomática da rabeca ao violino: Guerra-Peixe e a sonoridade nordestina

Autores

  • Priscila Araújo Farias Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v26i1.29371

Palavras-chave:

Música brasileira, século XX, nacionalismo, escrita idiomática, estilo musical

Resumo

O Concertino para Violino e Orquestra de Câmara (1970-1972), de César Guerra-Peixe, foi composto sob a inspiração do Movimento Armorial e fundamentou-se nas pesquisas de campo empreendidas pelo compositor no Nordeste brasileiro. Um dos aspectos mais importantes dessa composição reside na escrita idiomática, em que o violino solista assume o papel de uma rabeca nordestina e a orquestra, o papel de um conjunto regional. A análise idiomática instrumental busca compreender como o compositor explorou as sonoridades folclóricas nos instrumentos eruditos e, especificamente, como o compositor transportou a técnica da rabeca para o violino. A análise comparativa entre as técnicas de instrumentos típicos e folclóricos nordestinos e de instrumentos de orquestra erudita identificou os tipos de sonoridades características da música nordestina e os recursos técnico-instrumentais para a realização dessas sonoridades na orquestra erudita. Concluiu que o compositor não se ateve às limitações técnicas dos instrumentos folclóricos para reconstruir o universo sonoro nordestino, mas o cunhou com uma gama ampla de recursos técnicos dos instrumentos eruditos. A identificação e classificação de sonoridades e recursos técnico-instrumentais oferece parâmetros para a execução dessa obra, e similares do repertório nacionalista brasileiro

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Publicado

2013-07-30