Entre o apagamento da memória e a reescrita da história: a desinformação acerca da escravidão no Brasil
DOI :
https://doi.org/10.47681/rca.v8i1.59349Mots-clés :
desinformação, escravidão no Brasil, gestão da informação, mediação da informação, memória social.Résumé
A perda da memória social, intencional ou não, abre margem para a perda do conhecimento de interesse coletivo e para a desinformação. Na história da humanidade, destacam-se os inúmeros incêndios ocorridos na biblioteca de Alexandria, que culminaram na perda de informações e de conhecimentos de diversas áreas do saber. No Brasil, alguns acontecimentos marcaram também a perda parcial da memória nacional de parte do povo brasileiro. Nesse sentido, o objetivo é discutir os impactos da queima de arquivos relacionados ao período escravocrata brasileiro promovida pelo então Ministro da Fazenda Rui Barbosa em 1891 na perda da memória social e no processo de divulgação de desinformação acerca da história da escravidão do país. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, revisão de literatura e documental. Na medida em que informações são queimadas intencionalmente, perde-se também a verdade histórica e retira das gerações futuras o direito de conhecer seu passado. Assim, a gestão da informação apresenta-se nesse cenário como processo capaz de reduzir a perda da informação e prezando pela preservação do conhecimento registrado.
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