Liberalização comercial e competitividade da agricultura brasileira

Autores

  • César Roberto L. da Silva Pesquisador científico do IEA -- Instituto de Economia Agrícola e professor do Programa de Estudos Pós-Graduados em Economia Política, PUC-SP
  • Maria Auxiliadora de C. V. da Silva Pesquisadora científica do IEA -- Instituto de Economia Agrícola
  • Valquíria da Silva Pesquisadora científica do IEA -- Instituto de Economia Agrícola

Palavras-chave:

protecionismo, liberalização comercial, competitividade

Resumo

A argumentação teórica utilizada pela Cepal no passado para justificar o protecionismo à indústria tinha por base a tendência à deterioração das relações de troca entre as nações dependentes de produtos básicos e as economias centrais, exportadoras de bens industrializados. Em meados da década de 1980, os países da América Latina deram início a um processo de ampla liberalização comercial. Este trabalho teve por objetivo comparar o desempenho da agricultura brasileira no mercado internacional, antes e depois da liberalização. Os resultados mostraram que houve expressivos ganhos de competitividade. No entanto, esses ganhos foram alcançados através de grande esforço exportador, uma vez que, na maior parte do período 1981-2000, as relações de troca da agricultura foram desfavoráveis ao país. Como as importações agrícolas apresentaram evolução muito mais acelerada que as exportações, é preciso planejar uma política de abertura comercial que reverta a crescente vulnerabilidade externa da atualidade.

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Publicado

2019-11-08