O problema da justiça na economia: uma nota sobre a filosofia moral de David Hume e Adam Smith
Keywords:
filosofia moral escocesa, fundação motivacional da justiça, racionalidadeAbstract
Originalmente destinado a um seminário sobre ética em economia, o objetivo deste artigo é discutir a possibilidade de uma fundação puramente sentimental para a justiça, a partir da filosofia moral de David Hume e Adam Smith. A confrontação entre os textos de Hume e Smith é antecedida pela exposição dos impasses a que está sujeita a concepção de justiça fundamentada nas premissas “racionalidade instrumental” e “auto-interesse percebido pelo agente como anterior à interação social”, concepção que, evidentemente, é a da economia neoclássica. Conforme procura-se argumentar, as noções de sociabilidade e do princípio da simpatia desenvolvidas pelo iluminismo escocês fornecem um conjunto satisfatório de premissas alternativas. Em relação a Hume, Smith teria levado essa concepção alternativa de justiça às suas últimas conseqüências, superando um problema de dualismo motivacional e assim gerando uma base para a explicação de instituições sociais que se distingue tanto do que hoje chamamos de “individualismo metodológico” quanto do “coletivismo metodológico”.Downloads
Published
Issue
Section
License
The Revista de Economia Contemporânea (Journal of Contemporary Economics) adopted the Creative Commons license attribution-type BY-NC until April/2015. The license attribution-type BY has been adopted ever since.
Ownership of copyrights belongs to the IE-UFRJ (Instituto de Economia da UFRJ), which will not pay copyrights for published works. In accordance with current copyright regulation and the type of copyright license adopted (CC-BY), article full or partial reproduction and release are allowed provided that the citation source is disclosed. In case this copyright rule is not obliged, a written warning will be issued by the publisher to the person who has disregarded this regulation.