Ganhos e perdas no mercado de trabalho no real: uma revisão por posição na ocupação

Autores/as

  • Flávio Benevett Fligenspan Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Palabras clave:

ocupação, rendimento médio real, massa de rendimentos, informalidade

Resumen

O propósito deste artigo é revisar a evolução da ocupação e dos rendimentos no mercado de trabalho brasileiro num intervalo de pouco mais de dez anos, de julho de 1992 a dezembro de 2002, com ênfase no período do Plano Real e usando as informações da PME (IBE), de acordo com a classificação por posição na ocupação. Verificou-se o avanço da informalidade, que se manifestou na elevação de sua participação no total da ocupação e no total da massa de rendimentos. Os ocupados sem carteira foram os que obtiveram os melhores resultados em termos de ocupação e de rendimentos médios reais. Os ocupados com carteira, por sua vez, foram os mais prejudicados. Ironicamente, isso significou uma redistribuição de renda no mercado de trabalho, já que os que mais ganharam — os ocupados na informalidade — eram os que obtinham menores remunerações no início do período.

Publicado

2019-11-08