A construção de um olhar do estudante de Terapia Ocupacional marcado pela formatividade dos corpos

The construction of an occupational therapy student's perspective marked by the formativity of bodies

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto64079

Palavras-chave:

Corpo Humano, Ensino, Terapia Ocupacional, Recursos Audiovisuais

Resumo

Introdução: A formatividade se refere à auto-produção dos corpos na interação constante entre forças biológicas, ambientes e subjetividade. Os corpos criam formas somáticas para dar conta dos desafios que se apresentam e para manter os processos de diferenciação, crescimento e complexificação da vida em direção ao futuro. Objetivos: Explorar a construção do olhar do estudante para o corpo na intenção de avaliar/investigar o quanto os estudantes compreendem os corpos em sua interação com ambientes, o quanto problematizam ou não os corpos em atividade, e se o percebem como componente dos modos de subjetivação. Métodos:  Trata-se de uma pesquisa de documentos em vídeo e texto disponibilizados online pelo Laboratório do Processo Formativo, com análise qualitativa de conteúdo e imagem. Resultados: Essa perspectiva evidencia que estamos constantemente filtrando ambientes e produzindo expressão da forma. Ajuda a pensar a cena clínica como um ambiente que favorece com que os corpos se produzam e se conectem às ecologias que compõem a vida cotidiana singularmente; e que sustenta as intensidades que reverberam a cada experiência de atualização das formas. Discussão: Favorece com que o olhar do terapeuta ocupacional possa adentrar a experiência dos corpos se perfazendo em atividades, corporificando e produzindo diferenças em cada corpo, e entre os corpos. Conclusão: A construção desse olhar na formação do estudante considera a criação de ambientes confiáveis e possibilita a conexão com o próprio modo de formar. Favorece a percepção de si como ecologia, aprendendo a acolher-se para acolher o outro.

Biografia do Autor

Helen Silva, UFRJ

Terapeuta Ocupacional graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Especialista em Gerontologia (COFFITO 2024). Possuí Especialização em Gerontologia e Saúde Mental pela UCAM. Atualmente é Professora Substituta no Departamento de Terapia Ocupacional da UFRJ, ministrando as disciplinas de Tecnologia Assistiva e Contexto Hospitalar, além de preceptoria de estágio no campo de reabilitação sensório motor. Atuou como Supervisora da Terapia Ocupacional e Responsável técnica, em centro de reabilitação de média e alta complexidade. É membro da Câmara Técnica de Saúde Mental e Contextos Sociais do CREFITO 2. Na esfera política, ocupa o cargo de tesoureira da atual Gestão ATOERJ (2023-2026). Pratica imersão nos estudos da Formatividade Kelemaniana do Laboratório do Processo Formativo. Foi Bolsista no projeto "Mapas de Acessibilidade" - ReAbilitArte-UFRJ de 2017: Atividades de extensão em Inclusão das Pessoas com Deficiências.

Renata Mecca, UFRJ

Possui graduação em Terapia Ocupacional pela Universidade de São Paulo (1998); especialização em Saúde Mental e Interfaces da Arte e da Saúde; e em Acessibilidade Cultural (2019); mestrado em Ciências da Reabilitação pela FMUSP (2008); e doutorado em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2017). Atualmente cursa o pós-doutorado na UNIFESP. É professora adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lecionando nas disciplinas de Laboratório de Terapia Ocupacional, Recursos Terapêuticos e Extensão, atuando como preceptora de estágio, da residência multiprofissional em saúde mental IPUB-UFRJ e de iniciação científica. Tem experiência na área de saúde mental, e com grupos heterogêneos na área da cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: arte, corpo e terapia ocupacional; interface arte, cultura e saúde; e atenção básica. Coordena o Laboratório Interinstitucional de Atividades, Antropofagias e Transdisciplinaridade - UFRJ; é membro do Laboratório Arte, Corpo e Terapia Ocupacional da USP; do Laboratório Arte, Cultura e Saúde - UFRJ; do Grupo de pesquisa (CNPq) Produção de Subjetividade, Arte, Corpo e Terapia Ocupacional (PACTO), do(a) Universidade de São Paulo; e do Grupo de pesquisa (CNPq) Atividades Humanas e Terapia Ocupacional - UFSCar.

Fernanda Marinho, UFRJ

Terapeuta Ocupacional. Professora Adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutora em Ciências (Programa de Clínica Médica) pela UFRJ. Mestre em Educação de Ciências da Saúde e do Ambiente pela Universidade Plínio Leite. Especialista em Educação e Reeducação Psicomotora pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Especialista em Psicomotricidade clínica e relacional pela Universidade Cândido Mendes. Líder do grupo de pesquisa do CNPq intitulado Estratégias coletivas para inclusão e funcionalidade.

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Publicado

12-03-2025

Edição

v. 9 n. 1 (2025): Dossiê: Artes, Corporeidades e suas Interfaces com a Terapia Ocupacional. (ISSN eletrônico 2526-3544)

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