Pragmáticas do perigo
analíticas da existência entre a catástrofe ancestral e a catástrofe ecológica no Alto Sertão da Bahia
Resumo
Este artigo busca descrever algumas transformações nas perspectivas analíticas sobre a catástrofe climática ao longo de minha pesquisa etnográfica sobre as éticas ecológicas do sertão de Caetité, na Bahia, a partir do diálogo com conceitos, estratégias e proposições de Elizabeth Povinelli. Os axiomas e as analíticas da existência de Povinelli ajudam a coordenar o problema da catástrofe ambiental com as formações de poder do capitalismo liberal e a emergência do sujeito ético que enuncia suas reflexões e reorienta suas práticas. O objetivo deste artigo é mostrar a guerra que se trava na linguagem contra o geontopoder na produção do sertão e nas derivas semióticas de minhas/meus interlocutoras/es do Quilombo de Malhada, localizado no município de Caetité-BA, em suas práticas de enunciação de problemas ambientais e coloniais. Para abordar as perturbações ambientais e coloniais a partir das inquietações de minhas e meus interlocutoras/es, desenvolvo o dispositivo analítico das pragmáticas do perigo como um enquadramento possível de uma ética ecológica dissidente que persiste no sertão.
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