Maternidades: discursos, mudanças e permanências em obras de Júlia Lopes de Almeida e Tati Bernardi
Resumen
Este artigo consiste numa análise das obras Maternidade (1925), de Júlia Lopes de Almeida, e Você nunca mais vai ficar sozinha (2020), de Tati Bernardi, com o objetivo principal de traçar semelhanças e diferenças imbricadas nos discursos das autoras que se encontram situadas em contextos sócio históricos diferentes, mas abordam o mesmo tema: a maternidade. Apesar de ambas desfrutarem de certo privilégio por serem mulheres brancas, pertencentes a uma elite social e que puderam/podem viver da escrita, são tidas nesta pesquisa como ‘Vozes do Sul’ (MOITA LOPES, L. P, 2006), por vivenciarem e questionarem a maternidade, em uma sociedade que ainda exclui e invisibiliza muitas mulheres mães. Dessa forma, o presente trabalho alinha-se à perspectiva da Linguística Aplicada (LA), que abre espaços de escuta para as vozes de sujeitos que estão situados às margens da sociedade. Nesse sentido, os discursos de Júlia Lopes e Tati Bernardi, de diferentes maneiras, desconstroem visões romantizadas e limitadas acerca da vivência materna, bem como nos permitem perceber que essa é uma temática a qual deve ser vista sob uma perspectiva múltipla.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).