Maternidade como performatividade. Ser ou tornar-se mãe ?
Abstract
No romance The Joys of Motherhood, de Buchi Emecheta, a escritora aborda os dilemas das mulheres ao performarem o construto social ‘mãe’ no enfrentamento do sistema opressor, que estabelece a hierarquia entre homens e mulheres. A maternidade está fortemente entrelaçada a noção de gênero, que define os papéis a serem cumpridos pelos corpos ditos femininos. Imbuídas pelo mesmo cenário cultural, Ona e sua filha Nnu Ego concebem a maternidade de distintos modos. Neste sentido, o objetivo deste artigo é discutir de que maneira a teoria de Judith Butler (1990, 1993) sobre performatividade possibilita o entendimento das diversas nuances identitárias representadas por essas persoangens. De que modo tais personagens ratificam e/ou retificam a tradição cultural? Será que o construto ‘mãe’ se apoia em uma posição fixa e reificada ou em um processo de constante negociação? As possibilidades de subversão e ruptura não estão apenas pautadas pela teoria de Butler sobre performatividade, mas também nos estudos do crítico da cultura Stuart Hall sobre a multiplicidade de identidades e, no contexto deste trabalho, nos processos de ser (being) e/ou tornar-se (becoming) mãe.
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