CONSERVADORISMO E MENSURAÇÃO DAS PROPRIEDADES PARA INVESTIMENTO NO SETOR DE EXPLORAÇÃO DE IMÓVEIS
DOI:
https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v0i0.24531Keywords:
Conservadorismo, Oportunidade, Propriedades para Investimento, Valor Justo.Abstract
Considerando a escolha contábil presente na IAS 40/CPC 28, no que diz respeito ao modelo de mensuração das Propriedades para Investimento (Custo Histórico ou Valor Justo), e a exclusão do conservadorismo do rol das características qualitativas, dado que a mesma seria incompatível com a neutralidade, o presente trabalho objetiva analisar se as empresas brasileiras do setor de Exploração de Imóveis apresentam números contábeis conservadores e se há diferença conforme modelo de mensuração escolhido. O setor foi escolhido dada a alta representatividade das Propriedades para Investimento em suas empresas e cujo reconhecimento podem ser afetados por práticas conservadoras ao passo que é permitido o uso do valor justo. Nesse sentido, analisou-se as informações trimestrais no período entre 2010 e 2016, através dos modelos de conservadorismo e oportunidade de Basu (1997) e de Ball e Shivakumar (2005). Encontrou-se evidências de reconhecimento assimétrico de perdas (perdas inoportunas) entre o retorno e o lucro por parte das empresas que optaram pelo custo histórico, indo de encontro ao conceito de conservadorismo assimétrico, e que tendem a serem revertidas no período seguinte, o que pode ser justificado pelo posicionamento de Shivakumar (2013) quando o mesmo alerta que a discricionariedade intrínseca ao conservadorismo pode ser utilizada de modo a informar números contábeis mais atrativos. Quanto ao valor justo, pode-se verificar que, por considerarem tanto o reconhecimento oportuno de perdas econômicas como de ganhos, implicam em menor nível de conservadorismo e menor reconhecimento assimétrico de perdas em relação a lucros.
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