O Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS: uma análise dos seus objetivos, inovações e o financiamento de energias renováveis
Palabras clave:
BRICS, Novo Banco de Desenvolvimento, bancos multilaterais de desenvolvimento, desenvolvimento sustentável, energias renováveis.Resumen
O artigo tem como objetivo analisar as inovações trazidas pelo Novo Banco de Desenvolvimento no que diz respeito à ênfase posta ao financiamento de projetos de energias renováveis. Nossa hipótese é que o NDB inova ao incluir nos seus estatutos o foco no financiamento em infraestrutura sustentável, com ênfase em energias renováveis, que perfazem parte significativa do seu orçamento. Para testar a hipótese, são analisadas as inovações trazidas pela NDB à luz da comparação com bancos multilaterais de desenvolvimento estabelecidos.
Citas
ABDENUR, A. 2014. “China and the BRICS Development Bank: Legitimacy and Multilateralism in South–South Cooperation”. IDS Bulletin, v. 45, n. 4, 2014, pp. 85-101.
ALMEIDA, L. 2012. “Economia verde: a reiteração de ideias à espera de ações”. Estudos Avançados, São Paulo, v. 26, n. 74, pp.93-103.
AFRICAN DEVELOPMENT BANK. 2018. Work Programme and Budget Documents 2018-2020. Disponível em: <https://www.afdb.org/en/documents/document/2018-2020-work-programme-and-budget-documents-103540>. Acesso em: 20 jan. de 2020.
AFRICAN DEVELOPMENT BANK. 2019. Work Programme and Budget Documents 2019-2021. Disponível em: <https://www.afdb.org/en/documents/2019-2021-work-programme-and-budget-document>. Acesso em: 26 abr. 2020.
ASIAN DEVELOPMENT BANK. 2019. 2018 Annual Portfolio Performance Report. Disponível em: <https://www.adb.org/documents/2018-annual-portfolio-performance-report> Acesso em: 20 jan. 2020.
BANCO MUNDIAL. 2019. Informe Anual 2018. Disponível em: <http://documents.worldbank.org/curated/pt/584141538160814046/pdf/130320-PORTUGUESE-The-World-Bank-Annual-Report-2018.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2020.
BATISTA JÚNIOR, P. N. 2016. “Brics – Novo Banco de Desenvolvimento”. Estudos Avançados, São Paulo, v. 30, n. 88, pp. 174-184.
BHATTACHARYA, A.; ROMANI, M. 2013. Meeting the Infrastructure Challenge: the Case for the New Development Bank. Presentation at the G24 Technical Committee Meeting, Washington, DC, March 21st.
BID. 2019. Relatório Anual de 2018. Disponível em: <https://publications.iadb.org/pt/relatorio-anual-do-banco-interamericano-de-desenvolvimento-2018-resenha-do-ano> 20 de janeiro de 2020.
BRESSER-PEREIRA, L. C.; BECHELAINE. C. 2019. Bancos multilaterais de desenvolvimento, novo desenvolvimentismo e financiamento em moeda local. Brazilian Journal of Political Economy, v. 39, n. 4 (157), pp. 755-767.
BRESSER-PEREIRA, L. C.; GALA, P. 2018. Foreign savings, insufficiency of demand, and low growth. Journal of Post Keynesian Economics, v. 30, n. 3, pp. 315-334.
BRICS. 2014. Acordo constitutivo do Novo Banco de Desenvolvimento – BRICS. Disponível em: <https://goo.gl/q5jJUw>. Acesso em: 10 abr. 2020.
BRICS. Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS de 15 de julho de 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/D8702.htm>. Acesso em: 10 abr. 2020.
BRICS. 2016. VIII Cúpula dos BRICS: Declaração de Goa. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/14931-viii-cupula-do-brics-goa-india-15-e-16-de-outubro-de-2016-declaracao-e-plano-de-acao-de-goa>. Acesso em: 20 jan. 2020.
BRICS JOURNAL. NDB has approved 46 projects for USD 12.8 billion in member countries. <https://www.bricsjournal.news/ndb-has-approved-46-projects-for-usd-12-8-billion-in-member-countries/>. Acesso em: 11 jun. 2020.
BROCCOLINI, tC.; LOTTI, G.; MAFFIOLI, A.; PRESBITERO, A. F., STUCCHI, R. 2019. “Mobilization Effects of Multilateral Development Banks”. IMF Working Paper, n. 19/28, 62p.
BRÜTSCH, C.; PAPA, M. 2013. “Deconstructing the BRICS: Bargaining Coalition, Imagined Community, or Geopolitical Fad?”. The Chinese Journal of International Politics, v. 6, pp.299-327.
CHIN, G. T. 2014. “The BRICS‐led Development Bank: Purpose and Politics beyond the G20”. Global Policy, v. 5, n. 3, pp. 366-373.
COOPER, A. 2017. “The BRICS’ New Development Bank: shifting from material leverage to innovative capacity”. Global Policy, v. 8, n. 3, Sept., pp. 275-284.
COOPER, A.; FAROOQ, A. 2015. “Testando a Cultura de Clube dos BRICS: A Evolução de um Novo Banco de Desenvolvimento”. Contexto Internacional, v.37, n. 1, pp.13-46.
CULPEPER, R.; GRIFFTH-JONES, S.; TITELMAN, D. 2015. “Bancos multilaterales de desarrollo”; In: OCAMPO, José Antonio (Org.) Gobernanza global y desarrollo: Nuevos desafíos y prioridades de la cooperación internacional. 1ª ed. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores, pp. 251-284.
DOWNIE, C. 2015. “Global energy governance: do the BRICs have the energy to drive reform?”. International Affairs, v. 91, n. 4, p.799–812.
EICHENGREEN, B. 2014. “Banking of the BRICS”. Project Syndicate, Aug 13th.
FEARNSIDE, P. 2007. Why Hydropower is Not Clean Energy. Disponível em: <http://scitizen.com/future-energies/why-hydropower-is-not-clean-energy_a-14-298.html>. Acesso em 02 abr. 2020.
FLEMES, D. 2010. “O Brasil na iniciativa BRIC: soft balancing numa ordem global em mudança?” Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 53, n. 01, pp.141-156.
FRANCHINI, M.; VIOLA, E. 2019. “Myths and images in global climate governance, conceptualization and the case of Brazil (1989-2019)”. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 62, n. 2, pp. 1-21.
GONÇALVES, F.; VERAS, F.; TORRES, G.; GOMES, G.; GOMES, M.; ESTEVES, P. 2018. “New Development Bank”. BRICS Policy Center, 4p. Disponível em: <http://www.bricspolicycenter.org/wp-content/uploads/2017/12/Novo-Banco-de-Desenvolvimento-NBD.pdf>. Acesso em: 01 fev. 2020.
GRIFFTH-JONES, S. 2015. “Financing Global Development: The BRICS New Development Bank”. German Development Institute Briefing Paper, n. 13, pp. 1-4.
GRIFFITH-JONES, S.; LEISTNER, S. 2018. “Mobilizing capital for sustainable infrastructure: the cases of AIIB and the NDB”. German Development Institute Discussion Paper, n. 18, pp. 1-46.
HELDT, E. C.; MAHRENBACH, L. C. 2019. “Rising Powers in Global Economic Governance: Mapping the Flexibility-Empowerment Nexus”. Global Policy, v. 10, n. 1, pp. 19-28.
HURRELL, A. 2013. “Narratives of Emergence: rising powers and the end of the Third World?” Brazilian Journal of Political Economy, v. 33, n. 2 (131), pp. 203-221.
KAHLER, M. 2016. “The Global Economic Multilaterals: will eighty years be enough?”. Global Governance, n. 22, pp. 1-9.
KAHLER, M. 2013. “Rising powers and global governance: negotiating change in a resilient status quo”. International Affairs, v. 89, n. 3, pp. 711-729.
KAUL, I. 2017. “Providing Public Goods: what role for the multilateral development banks?”. Disponível em: <https://www.odi.org/publications/10784-providing-global-public-goods-what-role-multilateral-development-banks>. Acesso em: 10 jun. 2020.
MOHIELDIN, M.; SUBRAMANIAN, N.; VERBEEK, J. 2018. “Multilateral Development Banks must mobilize private finance to achieve SDGS”. In: DESAI, Raj M., KATO, Hiroshi, KHARAS, Homi; McARTHURS, J. W. (Orgs). From Summits to Solutions. New York, Brookings Institution Press, July 24, pp. 253-270.
MONTENEGRO, R.; PAIVA, I.; FEITOSA, L. 2020. “O lugar das fontes renováveis no relacionamento do Brasil com os “RICS” na área de energia: uma análise da agenda bilateral e das declarações de cúpula (1990-2018)”. Conjuntura Austral, Porto Alegre, v.11, n.53, pp.139-160.
MURPHY, C. 2015. Developmental revolution or Bretton Woods revisited? The prospects of the BRICS New Development Bank and the Asian Infrastructure Investment Bank. Overseas Development Institute, London, 35p.
NARLIKAR, A. 2013. “Negotiating the rise of New Powers”. International Affairs, v. 89, n. 3, pp. 561-576.
NDB. 2016a. President’s desk. NDB president: 60% of funding will be for renewables. Disponível em: <https://www.ndb.int/president_desk/ndb-president-60-funding-will-renewables/>. Acesso em: 10 abr. 2020.
NDB. 2016b. New Development Bank Environment and Social Framework. Disponível em: <https://www.ndb.int/wp-content/themes/ndb/pdf/ndb-environment-social-framework-20160330.pdf> Acesso em: 10 abr. 2020.
NDB. 2017a. Terms, conditions and procedures for the admission of new members to the New Development Bank. Disponível em: <https://www.ndb.int/wp-content/uploads/2017/06/Terms-Conditions-and-Procedures1.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2020.
NDB. 2017b. Annual Report 2017: developing solutions for a sustainable future. Disponível em: <https://www.ndb.int/wp-content/uploads/2018/07/NDB_AR2017.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2020.
NDB. 2017c. NDB’s General Strategy: 2017-2021. Disponível em: <https://www.ndb.int/wp-content/uploads/2017/07/NDB-Strategy-Final.pdf>. Acesso em 28 mar. 2020.
NDB. 2018. Annual Report 2018: investing for impact. Disponível em: <https://www.ndb.int/ndb-annual-report-2018/>. Acesso em: 20 de jan. 2020.
NDB. 2020a. Investor Presentation. Disponível em: <https://www.ndb.int/wp-content/uploads/2020/04/General-IP-20200403.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2020.
NDB. 2020b. Approved Projects. Disponível em: <https://www.ndb.int/projects/list-of-all-projects/approved-projects/>. Acesso em: 19 abr. 2020.
O’NEILL, J. 2001. “Building Better Global Economic BRICs”. Global Economics Paper 66, Goldman Sachs, 16p.
PEREIRA, R.A. A.; MILAN, M. 2018. “O Financiamento do Desenvolvimento e o Novo Bando do BRICS: Uma Alternativa ao Banco Mundial?”. Planejamento e Políticas Públicas, n. 51, IPEA, p. 13-36.
PNUMA. s/d. Sobre a economia verde. Disponível em <https://www.unenvironment.org/pt-br/explore-topics/green-economy/about-economia-verde>. Acesso em: 25 abr. 2020.
SEN, S. 2016. “The BRICS Initiatives Towards a New Financial Architecture: An Assessment with Some Proposals”. RIS Discussion Papers, n. 205, pp. 1-16.
SHELEPOV, A. 2017. “New and Traditional Multilateral Development Banks: Current and Potential Cooperation”. International Organisations Research Journal, v. 12, n. 1, pp. 127-147.
TYLER, M.; THOMAS, M. 2014. BRICS and mortar(s): Breaking or building the global system? In: Lo, V. I.; HISCOCK, M. (Orgs). The Rise of BRICS in the Global Political Economy: changing paradigms? Eward Elgar Publishing, pp. 253–267.