A BNCC e o campo de atuação artístico-literário: o espaço aos estudos literários no Ensino Fundamental
DOI:
https://doi.org/10.55702/3m.v25i46.36095Palavras-chave:
BNCC, currículo, campo artístico-literário, ensino de literatura.Resumo
A proposta deste artigo é oferecer uma comparação entre algumas habilidades do campo artístico-literário da Base Nacional Comum Curricular e as leituras que os currículos estaduais de SP, RJ, PR e PE deram às mesmas habilidades. Com isso, pretende-se problematizar a compreensão que a escola média tem do que é literatura, aproximando-a dos estudos linguísticos e distanciando-a dos estudos literários. O texto passa ainda pela discussão sobre a urgente necessidade de um plano de formação docente direcionado à ampliação do repertório estético-literário dos professores, para que, dispondo de critérios literários, possam ser mais capazes de escolher (ou recusar) obras literárias para seus alunos, com vistas à educação integral do sujeito.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução No 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. São Paulo/Rio de Janeiro, 4ª edição, 2004. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4208284/mod_resource/content/1/antonio-candido-o-direito-a-leitura.pdf>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
CHIARADIA, Kátia; et alii. Exame Nacional do Ensino Médio – Enem: Escalas De Proficiência 1998/2008. Inep. Brasília, nov. de 2018. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/informacao-da-publicacao/-/asset_publisher/6jyisgmamkw1/document/id/6374532>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
DALVI, Maria Amélia; REZENDE, Neide Luzia de; JOVER-FALEIROS, Rita (Org). Leitura de Literatura na Escola. São Paulo: Parábola, 2013.
EAGLETON, Terry. Como ler literatura. Tradução Denise Bottman. Porto Alegre: Edições L&PM, 2019.
FISCHER, Luís Augusto; LUFT, Gabriela; FRIZON, Marcelo; LEITE, Guto; GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
FISCHER, Luís Augusto e LUFT, Gabriela Fernanda Cé. Literatura, leitura e ensino: o Enem e os impactos das leituras obrigatórias dos exames vestibulares para a formação de leitores. Vitória: Contexto, 2015.
JOUVE, Vincent. Por que estudar literatura?. Trad. Marcos Bagno e Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. A formação da leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 2°ed, 1996.
LOPES, Alice C. Políticas de integração curricular. Rio de Janeiro: UERJ, 2008.
LUCENA, Karina; VIANNA, Carla; WELLER, Daniel. “A Literatura no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)”. Porto Alegre: Nonada Letras em Revista, ano 15, n. 18, p. 111-126, 2012.
MOVIMENTO TODOS PELA BASE. Brasil tem 100% de referenciais curriculares da Educação Infantil e Ensino Fundamental alinhados à BNCC. Disponível em: <http://movimentopelabase.org.br/acontece/brasil-tem-100-de-referenciais-curriculares-da-educacao-infantil-e-ensino-fundamental-alinhados-bncc/>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
MOVIMENTO TODOS PELA BASE. Guia de objetivos de aprendizagem. Disponível em: <http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2017/03/Guia-de-Refer%C3%AAncia-para-reda%C3%A7%C3%A3o-de-objetivos-de-aprendizagem.pdf>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
PACHECO, José Augusto. Territorializar o currículo através de projectos integrados. In _______. Políticas de integração curricular. Porto: Porto Editora, 2000.
PARANÁ. Referencial Curricular do Paraná. Curitiba: CEE-PR, 2018. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/bncc/2018/referencial_curricular_parana_cee.pdf>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
PERNAMBUCO. Currículo do Estado de Pernambuco. Recife: SEE-PE, 2019. Disponível em: <http://www.educacao.pe.gov.br/portal/?pag=1&cat=18&art=4419>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
RIO DE JANEIRO. Currículo do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UNDIME-RJ, 2019. Disponível em: <https://undime.org.br/uploads/documentos/phpuReuc7_5dd2975576757.pdf>. Acesso em:
SÃO PAULO. Currículo Paulista. São Paulo: UNDIME-SP, 2018. Disponível em: <https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/>. Acesso em: 3 de julho de 2020.
ROJO, Roxane Helena Rodrigues; BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.
ROUXEL, Annie; LANGLADE, Gérard; REZENDE, Neide Luzia de. Leitura subjetiva e ensino de literatura. São Paulo: Editora Parábola, 2013.
SILVA, Raquel da; MACÊDO, Jhennefer; SEGABINAZI, Daniela. A literatura juvenil no Ensino Fundamental II: avanços e recuos na Base Nacional Comum Curricular. Aracajú: Revista de Estudos de Cultura, n. 7, jan-abr, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).