Do colonialismo à identidade nacional: o (des)lugar da mulher negra africana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v25i47.45615

Palavras-chave:

Identidade nacional, Literatura africana, Mulheres negras, Estigma

Resumo

este texto visa refletir sobre a condição de subalternização das mulheres negras no período colonial africano e sua participação na luta pela identidade nacional presente nos textos poéticos de Carolina Noémia Abranches de Sousa Soares, aqui denominada Noémia de Sousa (2016) e de Maria da Conceição de Deus Lima, codinome Conceição Lima (2011). Ambas constituem o acervo da literatura africana.

Biografia do Autor

Cláudia Aparecida Avelar Ferreira, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Doutora em administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS)(2020). Linha de pesquisa: Pessoas, Trabalho e Sociedade: Diversidade nas organizações. Grupo de Pesquisa GEDI- Grupo de Estudos de Gestão, Diversidade e Inclusão, Pesquisadora da PUC MINAS.Mestre em Administração pelo Centro Universitário UNA.Possui graduação em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais (1989) no curso de farmácia e bioquímica.

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução: Maria Ermantina Galvão G. Pereira. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Trad. Maria Helena Kühner. 11ªed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, [1930-2002], 2012.

CAMPOS, Vera Mascarenhas de. São Tomé na narrativa de Fernando Reis. Revista Lumen et Virtus, v. I, n. 1, p. 85-105, jan./2010. Disponível em: <https://www.jackbran.com.br/lumen_et_virtus/numero1/artigos/PDF/veramarcarenhas1.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2021.

CIRÍACO, Maria Inês Francisca. Moçambique: diversidade cultural e linguística. Cadernos de Pós-Graduação em Letras, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 94-108, jan./jun. 2017. Disponível em: <https://redib.org/Record/oai_articulo2311150-mo%C3%A7ambique-diversidade-cultural-e-lingu%C3%ADstica>. Acesso em: 02 ago 2021.

COMBE, Dominique. A referência desdobrada. O sujeito lírico entre a ficção e a autobiografia. Revista USP, São Paulo, n. 84, p. 112-128, dez./fev. 2009/2010. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i84p113-128>. Acesso em: 12 dez. 2021.

CUNHA, Teresa. As memórias das guerras e as guerras de memórias. Mulheres, Moçambique e Timor Leste. Revista Crítica de Ciências Sociais [Online], v.96, p. 67-86, 2012. Disponível em: <http://journals.openedition.org/rccs/4825>; DOI: <https://doi.org/10.4000/rccs.4825>. Acesso em: 13 dez. 2021.

FARACO, Carlos Alberto. Autor e autoria. In: BRAIT, Beth (Org.). Bakhtin conceitos chave. São Paulo: Contexto, 2005.

FRANZE, José Joaquim; MALOA, Joaquim Miranda. A problemática do tráfico de mulheres para fins de exploração sexual: Uma análise comparativa entre Moçambique e outros países da SADC. Revista da Faculdade de Direito da UFRGS, Porto Alegre, n. 39, vol. esp., p. 112-128, dez. 2018. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/revfacdir/article/view/83814>. Acesso em: 01 ago. 2021.

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

GONÇALVES, Élen Rodrigues; PEREIRA, Prisca Agustoni de Almeida. A metapoética de home na obra de Conceição. Ipotesi, Juiz de Fora, v. 21, n. 1, p. 28-45, jan./jun. 2017. Disponível em: <https://doi.org/10.34019/1982-0836.2017.v21.19431>. Acesso em: 12 dez. 2021.

GROSSI, Miriam Pilar. Masculinidades: Uma revisão teórica. Revista Antropologia em Primeira Mão, da Universidade Federal de Santa Catarina, v. 7, p. 21-42, 2004. Disponível em: <https://miriamgrossi.paginas.ufsc.br/files/2012/03/Visualizar3.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2021.

HABERMAS, Jürgen. Inclusão do outro: estudos de teoria política. 3ª ed. São Paulo: Editora Loyola, 2007.

KANDJIMBO, Luís. O escritor, o intelectual, o poder e a política em Angola. In: Apologiade Kalitangi - Ensaio e crítica. Luanda: INALD (Instituto Nacional do livro e do disco), 1997, p. 163-172.

LIMA, Maria da Conceição de Deus. O país de Akendenguê: poesia. Afradite, Portugal: Editorial Caminho S.A., 2011.

LOPES, José de Souza Miguel. Literatura moçambicana em língua portuguesa: Na praia do oriente a areia náufraga do ocidente. Revista Scripta, Belo Horizonte, p. 269-285, 1998. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6165935>. Acesso em: 21 jul. 2021.

MATA, Inocência. Emergência e existência de uma literatura – o caso santomense. Linda-a-Velha, Portugal: Edições ALAC, 1993.

MATA, Inocência. Diálogo com as ilhas. Sobre cultura e literatura de São Tomé e Príncipe. Lisboa: Colibri, 1998.

MATA, Inocência. A prosa de ficção são-tomense: a presença obsidiante do colonial. Revista de Filología Romãnica. Anejos, v. 11, p. 207-244, 2001. ISSN: 02l2~999X; ISBN: 84-95215-15-7.

MOREIRA, Terezinha Taborda. A identidade moçambicana no ilusório espelho da raça. In: CHAVES, Rita; MACEDO, Tânia; CAVACAS, Fernanda (Org.). Mia Couto: um convite à diferença. v. 1, 1ª ed. São Paulo: Humanitas, 2013, p. 277-293.

NASCIMENTO, Augusto. Quatro décadas de independência, das “mudanças” à indeterminação das vidas em São Tomé e Príncipe. Cadernos de Estudos Africanos [online], n. 35, 2018, p. 64-87. Disponível em: <https://doi.org/10.4000/cea.2605>. Acesso em: 20 jul. 2021.

PADILHA, Laura Cavalcante. Da construção identitária a uma trama de diferenças: um olhar sobre as literaturas de língua portuguesa. Revista Crítica de Ciências Sociais, v. 73, p. 3-28, dez. 2005. Disponível em: <https://doi.org/10.4000/rccs.950>. Acesso em: 12 dez. 2021.

RODRIGUES, Inês Nascimento. Descolonizar a fantasmagoria: Uma reflexão a partir do “Massacre de 1953” em São Tomé e Príncipe. Revista Crítica de Ciências Sociais [online], n. 115, p. 29-50, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.4000/rccs.6954>. Acesso em: 12 dez. 2021.

SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovan. Gênero, Patriarcado, Violência. 2ª ed. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2015.

SAUSSURE, Ferdinand. A natureza do signo linguístico. In: SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 1972, p. 79-84.

SEIBERT, Gerhard. Crioulização em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe: divergências históricas e identitárias. Afro-Ásia [online], n. 49, p. 41-70, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/afro/a/JkqrNntcjwC5BkDsFvWgGKK/?lang=pt#ModalArticles>. Acesso em: 20 jul. 2021.

SEIBERT, Gerhard. Colonialismo em São Tomé e Príncipe: hierarquização, classificação e segregação da vida social. Anuário Antropológico [online], Brasília, v. 40, n. 2, p. 99-120, 2014/2015. Disponível em: <https://doi.org/10.4000/aa.1411>. Acesso em: 12 dez. 2021.

SOARES, Caroline Noêmia Abranches de Sousa. Sangue Negro. Série Vozes da África. São Paulo: Editora Kapulana, 2016.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Can the subaltern speak? Ed. Rosalind Morris. New York, NY: Columbia University Press, 2010.

VARIKAS, Eleni. Max Weber, a gaiola de aço e as senhoras. In: DEVREUX, Anne-Marie; CHABAUD-RYCHTER, Danielle; VARIKAS, Emile; DESCOUTURES, Virginie (Org.). O gênero nas ciências sociais: releituras críticas de Max Weber a Bruno Latour. São Paulo; Brasília, DF: Editora Unesp; Editora Universidade de Brasília, 2014, p. 343-357.

WASSERMAN, Cláudia. Problemas teóricos que envolvem a questão da identidade coletiva e a formação de novas identidades. Semina: Ciências Humanas e Sociais, Londrina, v. 23, p. 93-100, set. 2002. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/272653320-Theoretical-problems-that-involve-the-collective-identity-and-the-new-identities-formation.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2021.

Downloads

Publicado

2021-12-20