Uma literatura vadia: a redução estrutural de Candido e Schwarz
DOI:
https://doi.org/10.55702/3m.v27i52.46212Palavras-chave:
Crítica dialética, Antonio Candido, romance brasileiro, história, Manuel Antonio de AlmeidaResumo
O artigo pretende revisitar o texto de fundação da crítica dialética brasileira, “A dialética da malandragem”, de Antonio Candido, a fim de por em causa os pressupostos que organizam a leitura tanto de uma obra literária quanto da vida social. Parte-se do ensaio de Schwarz sobre Candido, para, em seguida, encontrar uma diferente abordagem do método da “redução estrutural”. Busca-se, ao fim, apontar outras leituras possíveis para o romance de Manoel Antonio de Almeida em uma articulação entre história brasileira do século XIX e a escrita ficcional, de forma diversa à tradição dialética.
Referências
ALMEIDA, Manoel Antônio. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Penguin Classics / Companhia das Letras, 2013.
ARISTÓTELES. Poética. Trad. Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2017.
AUERBACH, Erich. Mimesis. São Paulo: Perspectiva, 2015.
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
CANDIDO, Antonio. O discurso e a cidade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2015.
CANDIDO, Antonio. “Literatura e vida social” In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira. Rio de Janeiro / São Paulo: Fapesp / Ouro sobre Azul, 2017.
CANO, Jefferson. Mistérios do Rio de Janeiro: em torno das Memórias de um sargento de milícias e seu público. Antíteses, vol. 6 n. 11, 2013, p. 53-75.
LUKÁCS, Georg. “Narrar ou descrever” In: Marxismo e teoria da literatura. 2ª ed. Trad. Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
OTSUKA, Edu. T. Espírito rixoso: para uma reinterpretação das Memórias de um sargento de milícias. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, (44), 105-124, 2007.
OTSUKA, Edu. T. Era no tempo do rei: atualidade das Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Ateliê Editorial, 2016.
PLATÃO. A República. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: Ed. UFPA, 2016.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. Trad. Monica Costa Neto. São Paulo: Editora 34, 2009.
RANCIÈRE, Jacques. Malaise dans l’esthétique. Paris: Galilée, 2004.
RANCIÈRE, Jacques. O fio perdido. Trad. Marcelo Mori. São Paulo: Martins Fontes, 2017.
REBELO, Marques. Vida e obra de Manuel Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.
SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2012b.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).