Luiza Romão e “sua poema” de resistência decolonial – Slam das Minas, presente!

Autores

  • Cynthia Agra de Brito Neves IEL/Unicamp
  • Sóstenes Renan de Jesus Carvalho Santos

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v27i51.50547

Palavras-chave:

slam, feminismo negro, decolonialidade, Nome Completo

Resumo

Este artigo procura analisar, sob a perspectiva do feminismo negro e da decolonialidade, a poema Dia 1. Nome Completo, da poeta-slammer Luiza Romão. A escolha dessa poesia-slam, publicada no livro Sangria (2017) e performada em várias cenas de slams brasileiros, deve-se ao fato de a considerarmos uma espécie de poesia-manifesto dessas teorias, as quais têm fundamentado nossa pesquisa acadêmica atual, como procuraremos discutir aqui.

Referências

ALENCAR, José de. Cartas a favor da escravidão. 2 ed. São Paulo: Hedra, 2020.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. 2 ed. Trad. de Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

BOSI, Alfredo. Poesia-resistência. In: _______. O ser e o tempo da poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 163-227.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar, 16 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, [1990]2018.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019, p. 313-321.

DAVIS, Angela. Estupro, racismo e o mito do estuprador negro. In: ______. Mulheres, raça e classe. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 177-204.

DELPHY, Christine. Patriarcado (teorias do). In: HIRATA, Helena et al. (orgs.). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009, p. 173-178.

ESCÓSSIA, Fernanda da. Invisíveis: uma etnografia sobre brasileiros sem documento. São Paulo: FGV Editora, 2021.

FANON, Frantz. Da violência. In: ______. Os condenados da terra. Prefácio Jean-Paul Sartre. Trad. José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968, p. 25-74.

GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo: Ática, 2003.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. In: ______. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Org. Flavia Rios e Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar, 2020, p. 139-150.

hooks, bell. Feminismo visionário. In: ______. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Trad. Bhuvi Libâneo. 6 ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019, p. 157-167.

HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Introdução – O grifo é meu. In: ______. Explosão feminista. São Paulo: Cia das Letras, 2018, p.11-19.

KILOMBA, Grada. Carta da autora à edição brasileira. In: ______. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019, p. 11-21.

KLIEN, Júlia. Na poesia. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Explosão feminista. São Paulo: Cia das Letras, 2018, p. 105-137.

MARTINS, Leda. Performances da oralitura: corpo, lugar da memória. Letras, n. 26. Dossiê Língua e Literatura: limites e fronteiras, 2003, p. 63–81. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11881/7308>. Acesso em: 07 fev. 2023.

NEVES, Cynthia Agra de Brito. Slams – letramentos literários de reexistência ao/no mundo contemporâneo. Revista Linha D’Água (on-line). São Paulo, v. 30, n. 2, p. 92-112, out./2017. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/134615/147274>. Acesso em: 07 fev. 2023.

NEVES, Cynthia Agra de Brito. Letramentos Literários em travessias na Linguística Aplicada: Ensino transgressor e aprendizagem subjetiva da literatura. In: LIMA, Érica (org.). Linguística Aplicada na Unicamp: travessias e perspectivas. [livro eletrônico]. 1 ed. Bauru: Canal 6, 2021, p. 65-88. Disponível em: <https://www.canal6.com.br/livros_loja/Cap03_Linguistica_aplicada.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2023.

PROENÇA FILHO, Domício. A linguagem literária. 8 ed. São Paulo: Ática, 2007.

ROMÃO, Luiza. Sangria. Fotografia Sérgio Silva. Trad. Martina Altalef. Edição bilíngue (português-espanhol). São Paulo: Edição do Autor: Selo do Burro, 2017.

SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Primeiro veio o nome, depois uma terra chamada Brasil. In: ______. Brasil: uma biografia. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 09-38.

SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão a Bolsonaro. Edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2019.

SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: hip-hop. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

STREET, Brian V. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. Trad. Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2014.

WALSH, Catherine (org.) Interculturalidad, Estado, sociedade: luchas (de)coloniales de nuestra época. Quito: Universidad Andina Simón Bolivar-Abya-Yala, 2009.

ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Trad. Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

Downloads

Publicado

2023-06-08