Tessituras da memória e do feminino em "Eliete: a vida normal", de Dulce Maria Cardoso
DOI:
https://doi.org/10.55702/3m.v29i59.66922Palavras-chave:
Ficção portuguesa contemporânea, mulher, memória, história, autoria femininaResumo
O artigo analisa o romance Eliete: a vida normal (2022), de Dulce Maria Cardoso, a partir do seu diálogo com a história recente de Portugal e com a história das mulheres, ao focalizar a vida normal de Eliete, uma mulher casada, mãe de duas filhas, e frustrada em sua vida pessoal. Pelo viés da memória, Eliete vai se dando conta da educação sentimental que a moldou para o papel destinado às mulheres. Para aprofundar a análise, utilizamos obras de Michelle Perrot (2005, 2019) e Irene Vaquinhas (2009), no que concerne à história das mulheres, bem como estudos de Reis (2004), Santos (2018), Franco e Gomes (2024), sobre a literatura portuguesa contemporânea e sobre o romance de Dulce Maria Cardoso, em particular.
Downloads
Referências
AUSTEN, Jane. Emma. Tradução: Ivo Barroso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
BARRENO, Maria Isabel; HORTA, Maria Teresa; COSTA, Maria Velho da. Novas cartas portuguesas. Organização: Ana Luísa Amaral. Lisboa/Alfragide: Dom Quixote/Leya, 2010.
BRONTË, Charlotte. Jane Eyre. Tradução: Fernanda Abreu. São Paulo: Penguin-Companhia das Letras, 2021.
CANAL RFI Notícias. Dulce Maria Cardoso apresenta Eliete em Paris. YouTube. 11 out. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HXp861ZzLUs. Acesso em: 26 mai. 2024.
CARDOSO, Dulce Maria. Eliete: a vida normal. São Paulo: Todavia, 2022.
DEFOE, Daniel. Mool Flanders. Tradução: Leonardo Froes e Donaldson M. Garschagen. São Paulo: Cosac Naify, 2015. (Coleção Prosa do Mundo).
FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. Tradução: Herculano Villas-Boas. São Paulo: Martin Claret, 2014.
FRANCO, Roberta Guimarães; GOMES, Júlia Fonseca. A normalidade como sofrimento permanente em Eliete, de Dulce Maria Cardoso. Revista do Centro de Estudos Portugueses. Belo Horizonte, v. 4, n. 72, p. 7–24, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/cesp/article/view/56218. Acesso em: 1o jan. 2025.
PERROT, Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Tradução: Viviane Ribeiro. Bauru, SP: EDUSC, 2005.
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. Tradução: Ângela M. S. Corrêa. São Paulo: Contexto, 2019.
QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio. São Paulo: Abril Coleções, 2010.
REIS, Carlos. A ficção portuguesa entre a Revolução e o fim do século. Scripta. Belo Horizonte, v. 8, n. 15, p. 15–45, 2004. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12566. Acesso em: 21 jan. 2025.
SANTOS, Mário. Dulce Maria Cardoso: o retorno da personagem. Público. 23 nov. 2018. Disponível em: https://www.publico.pt/2018/11/23/culturaipsilon/noticia/retorno-personagem-1851733. Acesso em: 2 dez. 2024.
VAQUINHAS, Irene. Estudos sobre a história das mulheres em Portugal: as grandes linhas de força do século XXI. Interthesis. Florianópolis, v. 6, n. 1, p. 241–253, 2009. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/1807-1384.2009v6n1p241/10802. Acesso em: 21 jan. 2025.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Alessandra Cristina Moreira Magalhães, Claudia Maria de Souza Amorim

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).