A intimidade das imagens da noite, de Marguerite Duras a Camila Sosa Villada
DOI:
https://doi.org/10.55702/3m.v29i59.67000Palavras-chave:
noite, intimidade, imagem, Marguerite Duras, Camila Sosa VilladaResumo
Este artigo propõe uma entrada na noite em sua relação de intimidade com a escrita a partir de duas obras que poderiam ser nomeadas autobiográficas. Num primeiro momento, com Marguerite Duras, leremos os efeitos de imagem, na narrativa, de uma noite que se torna interminável. Uma passagem se abre, então, para a noite de Camila Sosa Villada, numa transmissão noturna que, veremos, não se dá de maneira simplificada. Provocadas pela questão da intimidade na literatura, pensaremos de que modo a noite apaga os contornos do eu e faz surgir, da autobiografia, um corpo de escrita que se desdobra para fora de si.
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