Presenças do Teatro de Arena no Teatro do Oprimido
Resumo
O presente artigo tem como objetivo demonstrar que o Teatro do Oprimido (TO) não pode ser considerado simplesmente como uma negação unilateral do trabalho anterior do Augusto Boal no Teatro de Arena. Essa perspectiva, defendida inclusive pelo próprio Augusto Boal, não permite enxergar o quanto das técnicas, das temáticas, das estratégias para a organização da cultura circulam de um ao outro. Mais ainda, ela tende a apresentar o TO como o resultado de uma revelação que colocaria essa forma de fazer teatro num patamar superior ao do “antigo teatro político”, imune as contradições e pairando fora da história. Ver o TO como uma superação dialética do Teatro de Arena, que o nega ao mesmo tempo que o conserva, permite rehistoricizar o TO e abre a possibilidade de verificar a validade atual de seus pressupostos emancipadores.
Palavras-chave
DOI: https://doi.org/10.55702/3m.v18i30.9755
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